Mais de 1.000 pessoas desalojadas em um incêndio na ilha de Gran Canária
Fogo, pelo qual a Guarda Civil prendeu um homem de 55 anos, já queimou mil hectares
O presidente do Governo das ilhas Canárias, Ángel Victor Torres, comunicou na tarde de domingo que o fogo que desde meio-dia de sábado assola Gran Canária está “contido e mapeado”, ainda que a previsão de ventos com rajadas de 40 a 70 quilômetros por hora preocupe o grupo de operação de combate às chamas por uma possível piora da situação do incêndio, de modo que 230 pessoas continuarão ativas. O fogo fez com que mil moradores de uma dezena de bairros localizados na parte alta da ilha ficassem desabrigados. Alguns foram levados na madrugada de sábado a albergues e centros municipais devido ao incêndio florestal, que se originou ao meio-dia de sábado em Artenara, um município de apenas 1.000 habitantes localizado no noroeste de Gran Canária. O fogo, pelo qual a Guarda Civil prendeu um morador de 55 anos que trabalhava nas imediações com uma máquina de solda, também afeta as localidades de Tejeda (1.921 habitantes) e Gáldar (24.000 habitantes).
A superfície queimada já ocupa 1.000 hectares em um perímetro de 23 quilômetros que afeta os municípios de Artenara, Gáldar e Tejeda. O flanco combatido nesse último é o que mais preocupa, uma vez que as previsões de rajadas de vento de até 70 quilômetros por hora podem fazer com que o fogo ganhe força e chegue na localidade de Aldea de San Nicolás. Ainda que por enquanto não devam ocorrer novos desalojamentos e, de fato, alguns moradores puderam retornar às suas casas em Artenara, novas evacuações não são descartadas.
Pela temperatura favorável e a falta de vento na área a Prefeitura, encarregada de coordenar os trabalhos de combate às chamas no começo, chegou a pensar que poderia declarar o fogo como estabilizado durante a noite de sábado. Mas uma série de focos secundários e a reativação das chamas em algumas dessas florestas fizeram com que a emergência se elevasse ao nível 2. Isso fez com que o Governo das Canárias assumisse a direção da emergência em aplicação do Plano Canário de Proteção Civil e Atendimento a Emergências por Incêndios Florestais (Infoca).
Os grupos de trabalho terrestre estão trabalhando no perímetro de 23 quilômetros do incêndio cavando valas e umedecendo a área com o objetivo de evitar que as chamas avancem. “O fogo está contido, mas não apagado e pode aumentar”, disse o presidente regional, que agradeceu o magnífico trabalho de 500 a 600 pessoas das operações terrestres e aéreas, essas últimas formadas por dez helicópteros e um avião de carga.
O maior risco agora, como explicou Ángel Victor Torres, é que “o fogo chegue na área de La Degollada de Tejeda e La Aldea” porque, se isso ocorrer, “pode complicar a situação”. Se o vento da noite de domingo for de mais de 70 quilômetros por hora “o risco é alto”, disse o mandatário. O vento, de acordo com a previsão, será forte a partir de meia noite; depois, diminuirá para voltar a soprar com mais intensidade durante a tarde e na noite de segunda-feira.
A investigação leva a uma imprudência
A Guarda Civil prendeu poucas horas depois do começo do incêndio declarado na localidade de Las Peñas de Juncalillo um homem de 55 anos, de nacionalidade espanhola e morador do município de Telde, em Gran Canária, como suposto autor. A informação recebida na investigação inicial diz que ele utilizava uma máquina de solda em uma casa localizada nas imediações da estrada GC-21, perto de Cruce de las Peñas, em um terreno aberto e de vegetação rasteira, quando por uma suposta imprudência as chamas se iniciaram.
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