“O site que apresente tudo o que tem”, diz Sergio Moro, que descarta se afastar do ministério
Ministro da Justiça presta esclarecimentos na CCJ sobre mensagens trocadas com o procurador Deltan Dallagnol quando era juiz da Operação Lava Jato. “O site que apresente tudo o que tem”, diz Moro, que descarta se afastar do ministério

O ministro Sergio Moro falou ao Senado durante cerca de oito horas quarta-feira sobre as reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil, que mostravam mensagens trocadas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol enquanto Moro era juiz responsável pela Operação Lava Jato. Desde a publicação das conversas, no último dia 10 de junho, Moro vem defendendo que não há ilegalidade no teor das mensagens. “São diálogos absolutamente corriqueiros na tradição jurídica brasileira”, reiterou, no início da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ministro mais popular do Governo, Sergio Moro viu seu apoio diminuir após o vazamento dos diálogos, obtidos pelo The Intercept Brasil por meio uma fonte anônima, que enviou um lote de arquivos com mensagens de texto, áudio e vídeo trocadas por integrantes da força-tarefa entre 2015 e 2018 pelo aplicativo Telegram.

Acompanhe ao vivo o depoimento de Sergio Moro no Senado:






Moro defende seu pacote anticorrupção, que passou por alterações substanciais na Câmara. "Tenho uma série de preocupações, ninguém é a favor de abuso de autoridade. Não sou mais juiz, por isso, não sou afetado pelo projeto. O que me lembro é que ele veio com problemas técnicos", afirma.





"Aceitei vir para o Governo com um objetivo muito específico. Como juiz meu trabalho esteve constantemente ameaçado por viradas de mesa. Meu objetivo é consolidar os avanços no combate a corrupção e ampliá-lo ao combate ao crime organizado. Não traí meus princípios", afirma Moro em relação a crítica de Randolfe de que ele teria errado ao aceitar ir para o Governo de Bolsonaro.





O senador Paulo Rocha (PT-PA) inicia sua fala dizendo que a audiência na CCJ não tem como objetivo parar ou interromper a Lava Jato. "Estava sendo construído no Brasil um Estado social, a partir de políticas públicas, e que foi interrompido. E agora temos a criação de um Estado policial, com a criminalização da política e de alguns setores", afirma.

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