_
_
_
_
_

Operação que apura vazamentos prende prefeito de Florianópolis e delegado

Gean Loureiro foi detido e afastado temporariamente do cargo em ação contra suposta quadrilha que violava segredo de operações policiais em Santa Catarina

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro.
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro.Divulgação

Operação deflagrada pela Polícia Federal prendeu nesta terça-feira o prefeito de de Florianópolis, Gean Loureiro, ex-MDB, o delegado da PF, Fernando Caieron, e mais cinco pessoas sob suspeita de estarem implicadas em quadrilha que violava o segredo a respeito de operações policiais em Santa Catarina. As prisões temporárias foram autorizadas pelo Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF-4). O tribunal também determinou que Loureiro seja afastado da prefeitura da capital catarinense temporariamente por um mês.

A ação foi batizada de Operação Chabu, e é um desdobramento de uma investigação que começou ainda em 2018, chamada Eclipse. Segundo a Polícia Federal, o grupo suspeito construiu uma rede que incluía um núcleo político, empresários e servidores do órgão e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O objetivo era atrapalhar investigações policiais em curso e proteger o núcleo político ligado ao esquema em troca de benesses financeiras e políticas. Segundo a revista Crusoéa Polícia Federal "desconfia" que participantes do esquema podem estar ligados à suposta invasão de celulares dos procuradores da Operação Lava Jato.

Mais informações
Acuado, Moro decepciona um país com a Lava Jato sob escrutínio
Indicação a procurador da República impõe novo desafio institucional a Bolsonaro
“São diálogos absolutamente corriqueiros na tradição jurídica brasileira”, diz Moro

A Prefeitura de Florianópolis informou, em nota, que o prefeito Gean Loureiro concordou em prestar todas as informações necessárias às autoridades. "As informações preliminares dão conta de que não há nenhum ato ou desvio de recursos públicos relacionados à prefeitura", dizia o texto. O inquérito aberto pela Polícia Federal segue em segredo de justiça.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_