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Alisson, o pesadelo do Barcelona

Goleiro da seleção brasileira participou, com a Roma, da virada que deixou os azul-grenás de fora das semifinais da última Champions, e repetiu a dose nesta semana

GORKA R. PÉREZ
Alisson Becker celebra a vitória do Liverpool sobre o Barcelona.
Alisson Becker celebra a vitória do Liverpool sobre o Barcelona.OLI SCARFF (AFP)

Alisson Ramses Becker viveu terça-feira em Anfield um déjà-vu. Pode ser até que, nos minutos finais, tenha perdido a noção da camisa que estava usando. Não era a primeira vez que vivia uma virada semelhante contra o Barcelona.

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Na temporada passada, com a Roma, já havia feito isso. Foi no Olímpico, com um placar contrário de 4 a 1 depois do jogo de ida das quartas-de-final da Champions em Camp Nou. Naquela noite, Manolas, aos 37 minutos do segundo tempo, fez de cabeça o 3 a 0 que marcou a virada na eliminatória, deixando os azul-grenás fora da competição. Aquilo ocorreu em 10 de abril de 2018. Já completou, portanto, um ano esse episódio que, para Alisson, não seria o último. Em Anfield houve um ganhador, o Liverpool em seu conjunto, mas de todos eles só um protagonista viveu a reviravolta com menos incredulidade do que os demais. Foi o goleiro brasileiro pelo qual o Liverpool pagou 70 milhões de euros (308 milhões de reais) à Roma em uma operação que contrariou a lógica do mercado — depois viriam os 80 milhões de euros (351 milhões de reais) que o Chelsea desembolsou por Kepa, superando esse recorde — que, da posição mais desprotegida que existe no campo, abriu um novo capítulo em sua história.

Apesar da ampla vantagem no placar, o goleiro de 26 anos, titular da seleção brasileira na última Copa do Mundo, teve bastante trabalho durante a partida. Coutinho, com um chute rasteiro e colocado com o placar ainda zerado, depois Jordi Alba e até Luis Suárez exigiram que o goleiro usasse seu 1,91m de altura em várias ocasiões. Segundo os dados fornecidos pela UEFA depois do jogo, o Barcelona teve cinco finalizações, cinco delas em direção ao gol. Em todas elas, deparou-se com Alisson, que já soma 38 defesas neste torneio, além 84% de acerto no passe.

Sua atuação foi decisiva para evitar que o Barcelona marcasse um gol que teria dificultado muito a virada de um vibrante Liverpool. “Se eu soubesse que era tão bom, teríamos pagado mais por ele”, chegou a dizer Klopp sobre Alisson. Sua consistência debaixo do travessão, que levou um goleiro histórico da seleção brasileira, Taffarel, a batizá-lo de “Pelé do gol”, sustentou um Liverpool que pelo segundo ano consecutivo disputará a final da Champions League. Será em 1ª de junho no estádio Wanda Metropolitano, em Madri. O sonho de ganhar essa taça é novo para Alisson. Disso ele não tem recordação, mas quanto a conseguir façanhas, aí sim ele sabe muito. E sabe também como amargar a vida do Barcelona.

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