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Neto de Lula não morreu de meningite

Um mês depois da morte, laudo de exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz descartam todos os tipos de meningite como causa do óbito de Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos

Lula com o neto, Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu aos 7 anos.
Lula com o neto, Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu aos 7 anos.Ricardo Stuckert (Divulgação)
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O laudo de exames feitos em Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente Lula, descartou todos os tipos de meningite como causa da morte da criança de sete anos há um mês, como havia informado o Hospital Bartira, da rede D'Or. Arthur morreu na tarde do primeiro dia de março, após dar entrada no hospital com náuseas, febre e dores abdominais. O resultado negativo para a doença acusada foi confirmado pela Prefeitura de Santo André.

"Apesar da notificação, o resultado do exame de líquor realizado no mesmo dia pelo próprio Hospital Bartira, acusou bacterioscopia negativa", diz a nota da Prefeitura de Santo André, sem informar o motivo que levou a criança a morrer. "Informações adicionais relacionadas ao caso dependem da autorização expressa da família", acrescenta o comunicado, divulgado nesta terça-feira, 2 de abril. 

Por volta das 7h do dia 1 de março, Arthur foi levado para o Hospital Bartira com febre e dores abdominais. Já no hospital, passou a apresentar confusão mental e morreu por volta de meio dia. No dia, o hospital informou meningite meningocócica como causa da morte. "Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde", diz a nota da prefeitura. Amostras de sangue da criança foram enviadas para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para confirmar o diagnóstico. O laudo emitido nesta terça-feira, porém, descartou todos os tipos de meningite.

O ex-ministro da Saúde da gestão petista, Alexandre Padilha, chegou a comentar o caso no Twitter, cobrando uma posição do hospital sobre a divulgação da causa da morte da criança. "Apenas dois objetivos nos movem em relação a tais cobranças. O primeiro conseguimos: que a autoridade sanitária viesse a público esclarecer à população que não se tratava de um caso de doença meningóccica para a qual havia corrida por vacina", publicou. A segunda cobrança do ex-ministro é de que o Hospital Bartira esclareça "quais procedimentos de apuração já realizou para o vazamento de diagnóstico que se revelou antiético para com a família e irresponsável com a Saúde Pública da região". Padilha disse ainda que solicitaria ao Conselho Regional de Medicina que apure se houve participação dos médicos no vazamento da notícia. Segundo a Revista Crusoé, a família de Arthur decidiu processar o hospital por divulgar a morte da criança sem a sua autorização. O EL PAÍS tentou contatar o Hospital Bartira, mas a assessoria de imprensa da unidade de saúde não atendeu as ligações.

O ex-presidente foi autorizado pela Justiça Federal a ir ao velório do neto no sábado de Carnaval. Seis policiais armados com fuzis acompanharam o ex-presidente em todo momento. Lula ficou ao lado da família por cerca de duas horas, durante as quais pode consolar o filho Sandro, pai de Arthur, e a nora Marlene. Foi a segunda vez que Lula saiu da prisão na Superintendência da PF, em Curitiba, desde que foi preso em 7 de abril de 2018 —em novembro, ele saiu para ser interrogado na Lava Jato—. Há um mês, os advogados do ex-presidente solicitaram à Justiça autorização para que ele participasse do enterro de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, de 79 anos, no dia 30 de janeiro, mas o pedido foi negado. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Antonio Dias Toffoli, acatou um recurso da defesa e autorizou o petista a encontrar os familiares, mas a decisão foi liberada no exato momento em que acontecia o enterro.

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