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Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado

Oponente de Renan Calheiros recebeu 42 dos 77 votos computados

Davi Alcolumbre é cumprimentado no plenário do Sendo.

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), de 41 anos, foi eleito presidente do Senado Federal neste sábado. Membro do baixo clero do Congresso e candidato sustentado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), essa será a primeira vez que ele ocupa o cargo. A votação acabou com 42 votos a favor dele e apenas cinco para Renan Calheiros (MDB-AL), seu principal oponente, que retirou sua candidatura no meio do processo, classificado por ele como anti-democrático. Os outros votos foram divididos assim: 13 votos para Esperidião Amim (PP-SC), três para Fernando Collor (PROS-AL), oito para Álvaro Coronel (PSD-BA) e seis para José Reguffe (Sem partido–DF).

O Senado retomou neste sábado a sessão de eleição que foi interrompida no dia anterior, e uma reviravolta se seguiu após a outra. Por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal,  Antonio Dias Toffoli, ainda na madrugada, a votação passou a ser secreta e a condução dos trabalhos foi atribuída ao senador José Maranhão (MDB-PB), que é o mais idoso do Senado. O processo ocorreu por volta das 16h00, mas teve de ser repetido. A urna recebeu uma cédula a mais, e os senadores optaram por refazer a votação. Durante o segundo procedimento, Renan Calheiros (MDB) disse que seu principal adversário, Davi Alcolumbre (DEM-AP), "virou Golias" e se retirou da disputa.

As determinações de Toffoli pelo voto secreto atenderam aos pedidos feitos pelos partidos MDB e Solidariedade, que se queixaram de que as decisões tomadas na noite de sexta-feira, quando uma votação no plenário determinou voto aberto para a eleição da presidência, iam contra o regimento interno da Casa e contra a Constituição.

O movimento do STF havia sido uma vitória de Renan, que buscava presidir a Casa pela quinta vez, em oposição ao grupo de Davi Alcolumbre (DEM-AP), apoiado por Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil do Governo Bolsonaro. Os aliados avaliavam que uma votação secreta favoreceria Renan, já que há campanha nas redes sociais contra o alagoano, investigado na Operação Lava Jato, réu em outros processos e símbolo da "velha política".

Em tese, o presidente Jair Bolsonaro se apresentou como neutro na disputa. Ele já fez acenos a Renan, que nesta sexta foi visto exibindo proximidade do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente e investigado por improbidade administrativa no Ministério Público do Rio. Por isso, a eleição no Senado era vista como decisiva para testar o poder de articulação de Onyx, uma variável importante na tramitação do pacote de reformas econômicas prometidas pelo Planalto.

Na sessão deste sábado, após decidirem que cumpririam a decisão do STF, os senadores entraram em acordo para que a votação fosse em cédula, não no painel eletrônico. Os que defendiam o sigilo do voto queriam escondê-lo a todo custo. E os que eram favoráveis ao voto aberto queriam mostrar a cédula para fotógrafos e cinegrafistas, antes de as depositarem na urna.

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