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Em discurso relâmpago em Davos, Bolsonaro promete negócios “sem ideologia”

Fala na abertura do Fórum Econômico na Suíça durou menos de dez minutos. "Não queremos uma América bolivariana", disse ele, que deixou temas polêmicos de fora

Jair Bolsonaro entra no palco para seu discurso, que durou menos de dez minutos.
Jair Bolsonaro entra no palco para seu discurso, que durou menos de dez minutos.Markus Schreiber (AP)
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Com Bolsonaro como astro, Davos encara a nova política

Em um discurso relâmpago, o presidente Jair Bolsonaro abriu o Fórum Econômico Mundial de Davos 2019, o encontro anual de líderes mundiais e investidores que começou nesta terça-feira e vai até sexta, 25 de janeiro, na Suíça. Em um pronunciamento que durou menos de dez minutos, Bolsonaro voltou a afirmar que seu Governo não terá viés ideológico, falou sobre como o Brasil deve incentivar o agronegócio levando em conta o meio ambiente e destacou que pretende diminuir a carga tributária do país. "Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios", afirmou.

Bolsonaro discursaria inicialmente por 45 minutos, mas a fala do presidente brasileiro à elite econômica mundial foi mais curta que o previsto. É a primeira vez que o Brasil abre o Fórum de Davos, mas é a quinta vez que um presidente brasileiro participa do encontro das principais economias do mundo.

O discurso de Bolsonaro, minuto a minuto, no Fórum de Davos:

Los mensajes de este tema están ordenados a la inversa, del más antiguo al más reciente.

Bom dia! O presidente Jair Bolsonaro abre o Fórum Econômico Mundial de Davos. Com as ausências de Donald Trump e outros líderes internacionais de peso, o ultradireitista tem o desafio de suavizar sua imagem perante os demais líderes mundiais. http://cort.as/-E6V5

O discurso de Bolsonaro está marcado para as 12h30, no horário de Brasília. Ele é o primeiro presidente brasileiro a abrir o Fórum de Davos.
Embora seja o primeiro a discursar na abertura de Davos, Bolsonaro é o quinto presidente do Brasil a participar do evento. Já participaram de Davos durante os seus mandatos os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (1998), Luiz Inácio Lula da Silva (2003, 2005 e 2007), Dilma Rousseff (2014) e Michel Temer (2018).

Davos esvaziada de grandes líderes recebe Bolsonaro como um astro da nova política, explica a correspondente do EL PAÍS que está no local, Alicia González. O Brasil envia neste ano ao a delegação mais numerosa da região, com 34 dirigentes políticos e empresariais http://cort.as/-E6W_

Em seu discurso, que deve ocorrer em poucos minutos, Bolsonaro prometeu destacar o "agronegócio do Brasil, sem questões ideológicas" e sem preconceitos, não excluindo possibilidades de negociações com a China. A reforma da Previdência não deve ser detalhada no encontro da elite financeira mundial em Davos

"Me sinto muito honrado de me dirigir a uma plateia tão seleta. Hoje em dia o Brasil precisa de vocês", diz Bolsonaro ao iniciar o seu discurso em Davos. "Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica... Pela primeira vez, um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Gozamos de credibilidade para fazer as reformas que precisamos", diz.

 

 

Bolsonaro afirma que o Brasil é uma economia ainda  muito fechada ao mercado internacional, e um dos objetivos do seu governo é mudar isso.

"Vamos resgatar nossos valores e abrir a economia. Queremos aprofundar nossas relações comerciais, queremos parceiros com tecnologia", diz o presidente em Davos.

Bolsonaro defendou ainda que a meta do Governo é compatibilizar defesa ambiental com o desenvolvimento econômico.

Bolsonaro fala agora sobre o combate à corrupção e afirma que precisará do Parlamento para essa batalha.

"No tocante do Mercosul algo será aperfeiçoado, já conversei inclusive com o presidente da Argentina, Maurício Macri.Estamos preocupados sim em fazer uma América do Sul grande, mas não queremos uma América bolivariana", diz Bolsonaro. "A esquerda não prevalecerá nessa região", completou.

Durante sua fala, o presidente foi enfático em dizer que não quer um governo com viés ideológico, tocou também na questão ambiental e afirmou que pretende diminuir a carga tributária do país. "Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios".

Sobre o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro,  Bolsonaro afirmou que o ministro da Justiça Sérgio Moro é o  "homem certo" para assumir essa função.

O presidente destacou que o meio ambiente precisa estar casado com o desenvolvimento.  A agricultura ocupa menos de 9% do território, e a pecuário 20%. Nós damos exemplo para o mundo na preservação ambiental", afirmou. 

No discurso em Davos, que durou 8 minutos, Bolsonaro não deu detalhes, como esperado, sobre a reforma da Previdência.

O chanceler Ernesto Araújo,  de visão antiglobalista, destacou em seu Twitter a fala de Bolsonaro, em discurso em Davos, sobre a meta de abrir a economia.

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