Em discurso relâmpago em Davos, Bolsonaro promete negócios “sem ideologia”
Fala na abertura do Fórum Econômico na Suíça durou menos de dez minutos. "Não queremos uma América bolivariana", disse ele, que deixou temas polêmicos de fora

Em um discurso relâmpago, o presidente Jair Bolsonaro abriu o Fórum Econômico Mundial de Davos 2019, o encontro anual de líderes mundiais e investidores que começou nesta terça-feira e vai até sexta, 25 de janeiro, na Suíça. Em um pronunciamento que durou menos de dez minutos, Bolsonaro voltou a afirmar que seu Governo não terá viés ideológico, falou sobre como o Brasil deve incentivar o agronegócio levando em conta o meio ambiente e destacou que pretende diminuir a carga tributária do país. "Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios", afirmou.
Bolsonaro discursaria inicialmente por 45 minutos, mas a fala do presidente brasileiro à elite econômica mundial foi mais curta que o previsto. É a primeira vez que o Brasil abre o Fórum de Davos, mas é a quinta vez que um presidente brasileiro participa do encontro das principais economias do mundo.
Watch as the new President of Brazil, @jairbolsonaro, gives a special address #wef19
— World Economic Forum (@Davos) January 22, 2019
https://t.co/9Nr36KDY0c
O discurso de Bolsonaro, minuto a minuto, no Fórum de Davos:

Bom dia! O presidente Jair Bolsonaro abre o Fórum Econômico Mundial de Davos. Com as ausências de Donald Trump e outros líderes internacionais de peso, o ultradireitista tem o desafio de suavizar sua imagem perante os demais líderes mundiais. http://cort.as/-E6V5



Davos esvaziada de grandes líderes recebe Bolsonaro como um astro da nova política, explica a correspondente do EL PAÍS que está no local, Alicia González. O Brasil envia neste ano ao a delegação mais numerosa da região, com 34 dirigentes políticos e empresariais http://cort.as/-E6W_

Em seu discurso, que deve ocorrer em poucos minutos, Bolsonaro prometeu destacar o "agronegócio do Brasil, sem questões ideológicas" e sem preconceitos, não excluindo possibilidades de negociações com a China. A reforma da Previdência não deve ser detalhada no encontro da elite financeira mundial em Davos

"Me sinto muito honrado de me dirigir a uma plateia tão seleta. Hoje em dia o Brasil precisa de vocês", diz Bolsonaro ao iniciar o seu discurso em Davos. "Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica... Pela primeira vez, um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Gozamos de credibilidade para fazer as reformas que precisamos", diz.





"No tocante do Mercosul algo será aperfeiçoado, já conversei inclusive com o presidente da Argentina, Maurício Macri.Estamos preocupados sim em fazer uma América do Sul grande, mas não queremos uma América bolivariana", diz Bolsonaro. "A esquerda não prevalecerá nessa região", completou.

Durante sua fala, o presidente foi enfático em dizer que não quer um governo com viés ideológico, tocou também na questão ambiental e afirmou que pretende diminuir a carga tributária do país. "Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios".




Mais informações
Arquivado Em
- Governo Brasil
- América do Sul
- América Latina
- Governo
- Ideologias
- América
- Organizações internacionais
- Administração Estado
- Agricultura
- Fórum de Davos
- Paulo Guedes
- Extrema direita
- Sergio Moro
- Fórum Econômico Mundial
- Jair Bolsonaro
- Presidente Brasil
- Presidência Brasil
- Brasil
- Relações exteriores
- Economia
- Agronegócio
- Administração pública
- Política
- Meio ambiente