Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, é preso pela PF em ação da Lava Jato
Pezão é acusado de ter recebido propina mensal de 150.000 reais de um esquema de corrupção na época em que era secretário de Obras e vice-governador de Sérgio Cabral
Luiz Fernando Pezão (MDB), governador do Rio de Janeiro, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira por suspeita de recebimento de propina, em um desdobramento da operação Lava Jato. Pezão é o quarto governador do Estado do Rio a ser preso (o primeiro no exercício do mandato), e o primeiro a sair diretamente da residência oficial, o Palácio das Laranjeiras, para a prisão. O vice-governador, Francisco Dornelles (PTB), deve assumir o Governo.
Além de Pezão, outras oito pessoas tiveram a prisão preventiva decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), após pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Também são cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a 11 pessoas físicas e jurídicas, bem como o sequestro de bens dos envolvidos até o valor de 39 milhões de reais.
A prisão do governador Luiz Fernando Pezão tem como base acordo de delação premiada de Carlos Miranda, apontado como principal operador do esquema de corrupção comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral. O delator acusou Pezão de ter recebido propina mensal de 150.000 reais do esquema de corrupção na época em que o atual governador fluminense era secretário de Obras e vice-governador de Cabral, que está preso desde novembro de 2016.
No pedido de prisão de Pezão, Raquel Dodge destacou que, entre 2007 e 2014, no Governo de Sérgio Cabral, foram comprovadas práticas criminosas como a cobrança de propina em contratos firmados pelo Executivo com grandes construtoras. “A novidade é que ficou demonstrado ainda que, apesar de ter sido homem de confiança de Sérgio Cabral e assumido papel fundamental naquela organização criminosa, inclusive sucedendo-o na sua liderança, Luiz Fernando Pezão operou esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros”.
Além da delação, a Procuradoria-Geral da República também conta com provas documentais do pagamento em espécie a Pezão de mais de 25 milhões de reais entre 2007 e 2015. "Valor absolutamente incompatível com o patrimônio declarado pelo emedebista à Receita Federal", informou o Ministério Público Federal.
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