EUA interceptam artefatos explosivos enviados a Obama e Hillary
Pacotes suspeitos também foram encontrados em frente à Casa Branca e na CNN, em Nova York
As autoridades federais nos Estados Unidos estão investigando a descoberta de uma série de potenciais artefatos explosivos enviados à residência da ex-primeira-dama Hillary Clinton, em Chappaqua, e à do ex-presidente Barack Obama, em Washington. Segundo a Reuters, também foi encontrado um dispositivo suspeito diante da Casa Branca. Os pacotes são semelhantes ao encontrado na segunda-feira, 22, na mansão do magnata George Soros, situada nos subúrbios de Nova York. A Casa Branca condenou as tentativas de ataque e afirmou que os responsáveis responderão diante da lei. “Esses atos terroristas são desprezíveis”, disse a porta-voz Sarah Sanders.
Minutos depois da declaração da Casa Branca, o Departamento de Polícia de Nova York foi alertado sobre outro dispositivo dirigido às instalações da rede CNN no arranha-céu Time Warner. Os funcionários foram retirados por precaução. Os incidentes ocorreram na reta final da campanha para as eleições legislativas de 6 de novembro nos EUA, nas quais o Partido Republicano tentará manter o controle do Senado e da Câmara de Representantes.
No caso de Hillary Clinton, o pacote suspeito foi interceptado pouco antes da meia-noite de terça-feira, 23, pelos agentes do Serviço Secreto que protegem a residência da ex-primeira-dama e de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton. Membros do FBI (polícia federal), assim como do Departamento de Polícia de New Castle, estão nas imediações da residência.
We condemn the attempted attacks against fmr Pres Obama, the Clintons, @CNN & others. These cowardly actions are despicable & have no place in this Country. Grateful for swift response of @SecretService, @FBI & local law enforcement. Those responsible will be brought to justice.
— Vice President Mike Pence (@VP) October 24, 2018
O Serviço Secreto também interceptou na manhã desta quarta-feira, 24, um pacote semelhante dirigido à residência de Obama em Washington. “Iniciamos uma investigação criminal”, anunciou Mason Brayman, agente especial encarregado desse caso. “Vamos utilizar todos os recursos federais, estaduais e locais para descobrir a fonte e identificar os responsáveis.”
“Os pacotes foram identificados imediatamente durante procedimentos rotineiros de supervisão do correio como potenciais artefatos explosivos e foram tratados adequadamente como tais”, explicou o Serviço Secreto em um comunicado. As autoridades disseram que tanto Hillary e Bill Clinton como Obama estão fora de perigo.
CLARIFICATION: At this time the Secret Service has intercepted TWO suspicious packages - one in NY and one in D.C. Reports of a third intercepted package addressed to the WH are incorrect. We refer media to our statement: https://t.co/lJdTn04KmI
— U.S. Secret Service (@SecretService) October 24, 2018
O responsável pelos dispositivos encontrados nas casas dos ex-presidentes seria o mesmo que enviou o pacote à residência de Soros, segundo dois funcionários citados sob anonimato pelo jornal The Washington Post. Soros, de 88 anos, converteu-se em uma espécie de anátema para os conservadores nacionalistas americanos pelo apoio que dá, com sua fortuna e sua fundação, às causas democratas. Em seu caso, o artefato foi descoberto por um empregado que o levou até um lugar afastado da residência, em uma área arborizada, onde especialistas em explosivos o detonaram. Por enquanto, não foi anunciada a prisão de nenhum suspeito.
A residência de Hillary e Bill Clinton fica no condado de Westchester. O casal a comprou em 1999, quando Bill Clinton ainda estava na Casa Branca. Há dois anos eles a ampliaram, comprando uma propriedade vizinha. A mansão de Soros fica em Bedford, uma localidade muito próxima.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.