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Pesquisa Ibope: Bolsonaro estanca em 28% e Haddad encurta distância e vai a 22%

É a primeira vez desde 20 de agosto que candidato do PSL não oscila positivamente. Rejeição de deputado federal também tem alta, de 42% a 46%

Os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.
Os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.ADRIANO MACHADO (REUTERS)

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) segue na liderança da corrida eleitoral, com 28% das intenções de voto, mas parou de crescer, de acordo com nova pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira, 24. É a primeira vez desde 20 de agosto —e desde o atentado a faca que sofreu— que o candidato do PSL nem sequer oscila positivamente: na pesquisa anterior ele também tinha 28%. Ainda hospitalizado, Bolsonaro teve ainda outras notícias negativas: viu a rejeição crescer de 42% a 46%. Também viu o candidato do PT, Fernando Haddad (PT), se aproximar. O nome apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresceu e foi de 19% a 22%. Nas simulações de segundo turno, Haddad saiu da posição de empate e agora vence Bolsonaro por 43% a 37%. O deputado federal também perderia no embate direto para Ciro Gomes (PDT) e para Geraldo Alckmin (PSDB). Só arrancaria um empate com Marina Silva (Rede).

Os números apurados pelo Ibope, que ouviu 2.506 eleitores entre sábado 22 e domingo 23, confirmam a consolidação de Haddad em segundo lugar, isolando-se dos demais. Ciro não se moveu: segue com 11%. Marina oscilou para baixo e tem 5%. Já Geraldo Alckmin, dono do maior tempo de TV, oscilou para cima um ponto e tem 8%. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Se não serviram para alavancar Alckmin, as propagandas do tucano na TV contra Bolsonaro parecem começar a arranhar a imagem do deputado. A artilharia contra a candidatura também envolveu outros movimentos contrários. Um deles é a mobilização de mulheres contra ele, que sob a #elenão atrai celebridades como a cantora Anitta. Em outra frente, um grupo crescente de personalidades se une em torno de um manifesto pela democracia que rejeita a candidatura do PSL. Como resultado, em uma semana, a rejeição ao capitão reformado do Exército subiu quatro pontos. É a primeira vez desde o atentado que o índice de rechaço, considerado um bom termômetro da viabilidade das candidaturas no segundo turno, subiu. Antes do ataque, em 6 de setembro, a rejeição marcava 44%. Logo após o episódio desceu a 41%.

Expectativa de alta e críticas à Polícia Federal

O estancamento de Bolsonaro coincide com a melhora do seu quadro de saúde, após passar por duas cirurgias decorrentes do atentado. O candidato de extrema direita deixou a unidade de cuidado semi-intensivo do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Já no quarto, concedeu nesta segunda-feira uma entrevista à rádio Jovem Pan, transmitida ao vivo pelo YouTube, e disse ter a expectativa de deixar o hospital até o fim da semana.

Na conversa, Bolsonaro disse acreditar que seu agressor Adelio Bispo "não agiu sozinho", ao contrário do que aponta a Polícia Federal. Reportagem da Folha de S. Paulo no fim de semana informou que os investigadores descartam por ora que Adelio tenha recebido dinheiro em sua conta bancária para tentar matar o candidato. O deputado não poupou críticas à PF. Segundo ele, a instituição quer "abafar" a investigação sobre o ataque. “Pelo que ouvi dizer, não tenho certeza ainda, a Polícia Civil de Juiz de Fora está bem mais avançada que a Polícia Federal. O depoimento do delegado que está conduzindo, realmente é para abafar. Eu lamento o que ouvi ele falando. Dá a entender até que age em parte como uma defesa do criminoso. Isso não pode acontecer", disse.

OS PRINCIPAIS NÚMEROS DO IBOPE

REJEIÇÃO DOS CANDIDATOS

(Entre parênteses o índice de cada candidato na pesquisa anterior, aplicada entre os dias 16 e 18 de setembro)

Jair Bolsonaro (PSL): 28% (28%)

Fernando Haddad (PT): 22% (19%)

Ciro Gomes (PDT): 11% (11%)

Geraldo Alckmin (PSDB): 8% (7%)

Marina Silva (Rede): 5% (6%)

Alvaro Dias (Podemos): 2% (2%)

João Amoêdo (Novo): 3% (2%)

Henrique Meirelles (MDB): 2% (2%)

Guilherme Boulos (PSOL): 1% (0%)

Cabo Daciolo (Patriota): 0% (1%)

João Goulart Filho (PPL): 0% (0%)

Vera (PSTU): 0% (0%)

Eymael (DC): 0% (0%)

Branco/nulos: 12% (14%)

Não sabe/não respondeu: 6% (7%)

Jair Bolsonaro (PSL): 46% (42%)

Marina Silva (Rede): 25% (26%)

Fernando Haddad (PT): 30 % (29%)

Geraldo Alckmin (PSDB): 20% (20%)

Ciro Gomes (PDT): 18% (19%)

Poderia votar em todos: 2% (2%)

Não sabe/não respondeu: 7% (9%)

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