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Datafolha: Haddad cresce e empata com Ciro em segundo. Bolsonaro vai a 26%

O candidato do PT, que assumiu o lugar de Lula oficialmente, é o que mais cresceu na medição do instituto

Fernando Haddad faz campanha na favela da Rocinha, Rio de Janeiro.
Fernando Haddad faz campanha na favela da Rocinha, Rio de Janeiro.Marcelo Sayão (EFE)
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Agora cabeça de chapa do PT na candidatura à Presidência da República, Fernando Haddad é o candidato com maior crescimento nesta semana na pesquisa Datafolha. A pesquisa divulgada nesta sexta-feira mostra que Haddad, que foi apresentado oficialmente como candidato petista na terça-feira,  cresceu quatro pontos, de 9% para 13%. Na pesquisa de agosto, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda era tratado como o candidato petista apesar de preso, seu sucessor tinha apenas 4%. Com o crescimento repentino, Haddad empata em 13% com Ciro Gomes (PDT), que estancou nesta pesquisa em relação à anterior.

O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) segue liderando a pesquisa, mas agora com 26%, graças à oscilação positiva de dois pontos, dentro da margem de erro da pesquisa. Em agosto, antes de ser vítima do atentado a faca em Juiz de Fora (MG), ele tinha 22%. Ou seja, segue em tendência de crescimento. Ainda segundo a pesquisa, apenas 2% dos eleitores mudaram seu voto por conta do ataque — mas 72% se disseram um pouco ou muito comovidos pelo episódio. Outra tendência que se confirma nesta pesquisa é a de queda para Marina Silva (Rede), que desce de 11% para 8% — em agosto, ela tinha 16%. Já Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou dentro da margem de erro, mas para baixo, ao contrário da pesquisa anterior, e foi de 10% para 9%.

Os demais candidatos praticamente não variaram, assim como os votos brancos e nulos, que foram de 15% para 13%, e a quantidade de eleitores que não responderam em quem pretendem votar, que oscilou de 7% para 6%. A rejeição dos principais candidatos da corrida presidencial também não variou consideravelmente. Bolsonaro segue sendo o mais rejeitado, por 44% dos 2.820 entrevistados em 187 cidades. Marina segue como a segunda mais rejeitada, com 30%. Já Haddad passou a ocupar o terceiro lugar na rejeição, com 26%, logo à frente de Alckmin (25%). Ciro oscilou de 20% para 21% no índice de rejeição.

Nas projeções de cenários para o segundo turno, Bolsonaro melhorou seu desempenho contra todos os candidatos com que é comparado. Antes, perdia para Marina por 43% a 37%; agora, a derrota seria por 43% a 39%. No confronto contra Alckmin, a distância também caiu, de 43% a 34% em favor do tucano para 41% a 37%. Quando enfrenta Ciro, Bolsonaro perde por 45% a 38%, antes era 45% a 35%. No cenário com Haddad, antes o capitão reformado do Exército empatava tecnicamente com 38% contra 39% do petista; agora permanece o empate, mas Bolsonaro aparece com 41% e Haddad, com 40%.

Os principais números da pesquisa

Intenção de voto

(Entre parênteses o índice de cada candidato na pesquisa anterior, aplicada no dia 10/09)

Jair Bolsonaro (PSL): 26% (24%)

Ciro Gomes (PDT): 13% (13%)

Fernando Haddad (PT): 13% (9%)

Geraldo Alckmin (PSDB): 9% (10%)

Marina Silva (Rede): 8% (11%)

Alvaro Dias (Podemos): 3% (3%)

João Amoêdo (Novo): 3% (3%)

Henrique Meirelles (MDB): 3% (3%)

Guilherme Boulos (PSOL): 1% (1%)

Cabo Daciolo (Patriota): 1% (1%)

Vera (PSTU): 1% (1%)

João Goulart Filho (PPL): 0% (0%)

Eymael (DC): 0% (0%)

Brancos/nulos: 13% (15%)

Não responderam: 6% (7%)

Rejeição dos candidatos

Jair Bolsonaro (PSL): 44% (43%)

Marina Silva (Rede): 30% (29%)

Fernando Haddad (PT): 26% (22%)

Geraldo Alckmin (PSDB): 25% (24%)

Ciro Gomes (PDT): 21% (20%)

Rejeita todos/não votaria em nenhum: 4% (5%)

Poderia votar em todos: 2% (1%)

Não sabe/não respondeu: 5% (10%)

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