Incêndios na Grécia deixam pelo menos 74 mortos e 156 feridos
As autoridades declararam estado de emergência e pediram ajuda europeia para combater as chamas
Pelo menos 74 pessoas morreram e 156 ficaram feridas nesta segunda-feira, 23, durante os graves incêndios que atingem a Grécia, três deles nas proximidades de Atenas, a capital do país, segundo o último balanço oficial, divulgado pelas agências Reuters e France Presse. Todas as vítimas, entre as quais estão adolescentes e crianças, foram encontradas em uma área entre o porto de Rafina, a cerca de 30 quilômetros de Atenas, e Nea Makri, cerca de dez quilômetros ao norte. As autoridades declararam estado de emergência e pediram ajuda europeia para combater as chamas. Os fortes ventos, com rajadas de mais de 100 quilômetros por hora, complicam os trabalhos de extinção.
Nesta terça-feira, 24, foram encontrados corpos de 26 pessoas carbonizadas na costa de Argyros em Mati, a cerca de 15 metros do mar, segundo informou o prefeito de Rafina-Pikermiou, Evangelos Bournos, à agência estatal ANA-MPA. O presidente da Cruz Vermelha grega, Nikos Economopoulos, declarou a SKAI que o grupo, que foi encontrado abraçado, perdeu a vida quando tentava fugir para o mar. O Ministério de Previdência informou que mais de 100 pessoas têm queimaduras de diversos graus e 11 se encontram em estado grave.
As autoridades declararam o estado de emergência depois que as chamas levaram à desocupação de três vilarejos e ao bloqueio da rodovia Olympia, uma das principais vias do país, que liga a capital com o Peloponeso. A Proteção Civil pediu que os moradores do entorno das regiões ameaçadas sigam as instruções dos bombeiros e deixem seus lares. "A situação é crítica, se não obedecerem, há risco de mais mortes", disse um porta-voz dos bombeiros ao canal público ERT. O ministro de Ordem Pública, Nikos Toskas, sugeriu que a origem dos focos possa ser criminosa.
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Ao local onde começaram os incêndios, Kineta, na região de Attica, as autoridades gregas enviaram 74 veículos com mais de 150 bombeiros, apoiados por cinco helicópteros e outros veículos aéreos e terrestres. O Governo de Chipre enviou 60 bombeiros para colaborar com seus colegas gregos.
A Grécia pediu ajuda europeia para combater as chamas, segundo afirmou uma porta-voz dos bombeiros. Além disso, o primeiro-ministro Alexis Tsipras adiantou nesta segunda-feira seu regresso da Bósnia à Grécia para gerenciar a situação e expressou seu desejo de que, apesar das condições climáticas, os incêndios possam ser controlados.
![Vista do Partenon com a fumaça que toma os arredores de Atenas](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/WAEDYPQFL4KXNMVJ5QGA6WNMTE.jpg?auth=f42a94b88b3e633a0f41f48b1718c8fb40178e907b78ca2b0bf0a5a52b7e0be7&width=414)