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Klopp: “Sergio Ramos não deve ter feito amigos no Egito”

Treinador do Liverpool diz que saída de Salah, em um choque com zagueiro do Real Madrid, deteve o impulso de sua equipe. “Os erros de Karius foram dolorosos”, acrescenta

Klopp consola Salah.
Klopp consola Salah.ROBERT GHEMENT (EFE)
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Jürgen Klopp caminhava pelo gramado de Kiev taciturno, contemplando o espetáculo das torcidas. Acabara de perder sua segunda final da Champions League naquele que foi provavelmente o jogo mais desigual e acidentado da história do torneio. “O que posso dizer?”, respondeu quando perguntado sobre as falhas de seu goleiro, Loris Karius, que permitiram dois gols com cheiro de gol contra. “Loris sabe, todo mundo sabe. É doloroso em um jogo como este e depois de uma temporada como esta. Eu realmente sinto por ele, é um rapaz fantástico. Acho que a segunda falha [no 3 a 1] foi consequência da primeira. É realmente difícil se livrar dos pensamentos negativos que assaltam a mente”.

“Como posso me sentir pelos jogadores?”, continuou o treinador alemão. “Não há muito a dizer. Começamos bem e jogamos exatamente como queríamos. Depois veio a situação entre [Sergio] Ramos e Salah... Ramos não deve ter feito amigos no Egito. Isso parece muito ruim com vistas à Copa do Mundo. Se quiséssemos, o teríamos mantido em campo. Agora ele está no hospital fazendo radiografias. Foi um golpe muito duro para a equipe. Ali nós perdemos o impulso positivo. Veio o intervalo e, então, o que posso dizer sobre os gols? Nós marcamos um e eles fizeram três. Esse é o resultado.”

Klopp mostrou-se admirado com o 2 a 1 de Gareth Bale, de bicicleta em cruzamento de Marcelo. “O gol de Bale foi incrível”, disse o técnico. “Fizemos o que pudemos, os rapazes fizeram tudo. Mas não foi o melhor roteiro possível para nós. Você chega à final para vencê-la e, se não vence, sente que fracassou. Tivemos uma boa oportunidade nesta noite e não aproveitamos. Não há mais o que dizer.”

A derrota não costuma ser fácil de explicar pelos derrotados, e muito menos os erros calamitosos. “Não sei o que aconteceu”, disse Karius quando perguntado sobre o 1 a 0 e o 3 a 1. “Sinto muito pelos meus companheiros por ter perdido a final. Eles tentaram me animar no vestiário. Mas eu sinto muito.”

Karius não parou de pedir perdão a noite toda. Aos 24 anos, sua carreira balança gravemente. Por melhor que sejam as palavras ao seu redor. Por mais que o líder espiritual da equipe, Virgil van Dijk, tenha vindo em seu consolo na noite mais conturbada que um goleiro pode imaginar.

“Ganhamos todos juntos e perdemos todos juntos”, disse Van Dijk. “Não culpamos Loris. Em um esporte como este, tudo pode acontecer. Devemos estar orgulhosos. Todas as equipes da Inglaterra gostariam de estar no nosso lugar. É uma coisa muito grande estar na final, embora agora seja decepcionante.”

Existem maneiras e maneiras de perder. O Liverpool regressou à Inglaterra com a estranha sensação de ter se autodestruído antes de livrar a batalha. Por causa dos infortúnios ou dos erros de seu goleiro, vítima da inexperiência inerente a um dos elencos mais jovens da Champions.

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