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Gwyneth Paltrow revela detalhes de como Brad Pitt a defendeu perante Harvey Weinstein

“Se alguma vez você voltar a importuná-la eu te mato”, disse o ator ao produtor

A atriz Gwyneth Paltrow em Los Angeles, em novembro de 2016.
A atriz Gwyneth Paltrow em Los Angeles, em novembro de 2016.GETTY
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“Se alguma vez você voltar a importuná-la eu te mato”, disse Brad Pitt ao produtor Harvey Weinstein depois que Gwyneth Paltrow, então sua namorada, lhe contou que Weinstein havia tentado abusar sexualmente dela. Assim revelou a própria atriz nesta quarta-feira no programa do radialista norte-americano Howard Stern, onde deu mais detalhes sobre o que aconteceu naquela noite. Foi durante a pré-estreia de Hamlet na Broadway, em 1995. O ator norte-americano viu Weinstein e aproveitou o momento. Empurrou-o contra uma parede e ameaçou matá-lo se continuasse molestando Paltrow.

A atriz declarou que o produtor a assediou no seu hotel de Beverly Hills quando ela tinha pouco mais de 22 anos, e inclusive tentou abusar sexualmente dela. Num primeiro momento lhe fez uma massagem, e depois lhe pediu ir ao seu quarto, mas ela conseguiu escapar. “Eu era uma menina, estava petrificada”, disse numa entrevista ao The New York Times meses atrás. “Estava muito abalada por tudo, e acabava de aceitar fazer dois filmes com ele.” O produtor lhe pediu em seguida que não contasse nada do ocorrido a ninguém.

Durante a entrevista no programa de Stern – que é também ator, humorista e escritor –, Paltrow contou que foi o The New York Times que a procurou para relatar o caso, e que a jornalista Jodi Kantor lhe perguntou se tinha sido vítima de assédio por parte de Weinstein. Num primeiro momento, a atriz hesitou em dar seu depoimento, mas garante que agora não tem remorsos. Em meados do ano passado, Paltrow passou meses sem comentar a ninguém que havia dado seu testemunho a jornalistas.

Em 5 de dezembro, quando o NYT publicou um longo artigo a respeito, a atriz já havia relatado publicamente como Pitt a defendera. O texto do jornal narrava como o produtor usava sua poderosa rede de influências e dinheiro para ocultar seu comportamento abusivo e intimidar as mulheres que pretendessem denunciá-lo. Paltrow foi uma das primeiras a contarem sua história aos jornalistas. Já em novembro, a revista The New Yorker tinha informado que, além disso, Weinstein chegou a contratar um verdadeiro “exército de espiões”, que incluíam ex-agentes do Mossad (serviço secreto israelense), para encobrir seus atos.

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