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Cristiano Ronaldo, presente conturbado e futuro indefinido

O atacante segue pedindo um aumento salarial, mas o clube não faz nada a respeito

Cristiano Ronaldo contra o Levante.
Cristiano Ronaldo contra o Levante.Manuel Queimadelos Alonso (Getty )
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A idade que costuma definir a aposentadoria de um jogador de futebol bem-sucedido em várias ocasiões ultrapassa os 35 anos. Sua etapa de máximo rendimento costuma estar entre os 26 e os 31. Nesta segunda-feira (5), Cristiano Ronaldo chegou aos 33 anos. O número evidencia que a trajetória em alto nível do atacante mergulhou em sua última fase. Mas ele resiste. Cristiano, segundo asseguram diferentes membros de seu círculo em Madri, considera-se ainda capaz de alcançar seu pico máximo de rendimento. Não se considera um jogador em declive, apesar de ter a consciência de que não está alcançando sua melhor forma. "Sabe que ele não está funcionando como antes, assim como sabem que cada um dos demais também não. O que ocorre é algo generalizado", apontam dentro do Real Madrid.

Apesar de tudo, Cristiano optou por não retirar a corda que lançou ao clube em junho de 2017. Então, somente alguns dias após ganhar a décima-segunda Champions do clube, o staff do jogador e Jorge Mendes, seu representante, começaram uma campanha que divulgasse sua predisposição a abandonar Espanha. Então, em pleno julgamento por suposto delito fiscal, ele reconheceu seu desejo de voltar a Inglaterra. Hoje, sua relação com o clube e os dirigentes segue parada, em ponto morto.

O jogador português acha fervorosamente que seu salário deveria ser superior aos cerca de 22 milhões de euros limpos que firmou com o Real Madrid em novembro de 2016, quando o clube já aumentou os valores e renovou o contrato até junho de 2021, data na qual ele terá 36 anos. Os últimos movimentos do mercado são os que levaram ao jogador a pedir um novo aumento. Cristiano, conta seu meio, acha que por condição e rendimento não pode ser o quarto jogador mais bem pago da Europa e estar fora do top 5 mundial, contando o futebol chinês. Nesse momento, Messi, Neymar, e até Alexis Sánchez, nova estrela do Manchester United de José Mourinho, recebem mais que ele. Os primeiros, seus principais rivais pela etiqueta de melhor jogador do mundo, ganham de Barcelona e PSG mais de 35 milhões de euros por temporada, cifras que são os objetivos de Cristiano. Argumenta, além disso, que suas pretensões não são estritamente econômicas, mas também o que entende como um gesto de reconhecimento a seu serviço desde a chegada ao clube.

Mas no Real, por enquanto, optam por esperar. Asseguram que, desde quando o clube fechou o novo contrato do atleta não pensaram em revisá-lo e argumentam que, além disso, não é o momento mais oportuno para tratar este tema. Afirmam que não há nenhuma novidade a respeito e negam que se tenha tomado uma decisão. Dizem que ao jogador lhe restam mais de três anos de contrato e que não receberam nenhuma oferta de nenhum clube, e nem a comunicação do jogador de querer abandonar Madri. "Quando isso ocorrer, faremos algo", prometem. Não descartam categoricamente sua saída, mas sim afirmam que por hoje Cristiano Ronaldo continua sendo o homem mais importante do vestiário. Também que de nenhuma forma permitiram um dos jogadores mais importantes da história da equipe sair pela porta dos fundos.

Ele, por enquanto, mantém o silêncio e a incerteza em torno do que quer fazer. Publicamente reconhece que gostaria de ficar, mas no privado segue se mostrando descontente com algumas ações do clube. Em pleno bloqueio esportivo e de rendimento, e à espera do PSG, tudo é indefinido em Cristiano: seu presente e, mais ainda, seu futuro.

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