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Prefeito de Nova York diz que explosão foi uma tentativa de atentado

O suspeito de 27 anos, já preso, carregava uma bomba de fabricação caseira junto ao corpo

Policiais próximos à estação onde ocorreu a explosão.
Policiais próximos à estação onde ocorreu a explosão. Drew Angerer (AFP)
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Uma explosão ocorreu na manhã desta segunda-feira, no horário de pico, no terminal de ônibus localizado entre a Rua 42 e a Oitava Avenida, muito próximo à Times Square, no coração de Manhattan. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, confirmou a tentativa de ataque terrorista no qual várias pessoas ficaram feridas. O suspeito, identificado como Akayed Ullah, de 27 anos e nascido Bangladesh, foi preso no local pelas forças de segurança. Ele carregava o explosivo junto ao corpo.

Os investigadores tentam buscar dados sobre o indivíduo no bairro do Brooklyn, onde supostamente morava, ao mesmo tempo em que estudam a composição da bomba, que foi descrita como "caseira". O terminal de ônibus alvo do ataque é o maior dos Estados Unidos, e a explosão provocou cenas de pânico. "Isto é Nova York, e somos alvo de muita gente, sabemos disso", disse o governador Andrew Cuomo.

A explosão ocorreu às 7h20 da manhã (10h20 no horário de Brasília), em um túnel que conecta a estação do terminal de ônibus e as linhas que descem pela Oitava Avenida, com a estação de metrô da Times Square. As autoridades ainda não sabem se o lugar da explosão foi o escolhido pelo suspeito para cometer o ataque ou se a bomba caseira foi ativada sem querer.

Os três feridos eram pessoas que estavam perto da explosão. "Foram duas explosões seguidas, e parecia que vinham do metrô", disse o passageiro Francisco Ramírez à CNN. É a estação mais movimentada do mundo, onde uma dúzia de linhas convergem. A polícia de Nova York e o serviço de metrô fizeram uma simulação de um ataque há algumas semanas.

O suspeito tinha feridas e queimaduras na área do abdômen, onde carregava a bomba. "Graças a Deus não alcançou seu objetivo, e as forças de segurança responderam", disse o prefeito. Nova York já havia sofrido recentemente um ataque jihadista. De Blasio pediu aos moradores que não se amedrontem e assegurou que os terroristas não vão "minar" suas vidas.

A cidade de Nova York é alvo terrorista desde o primeiro ataque ao World Trade Center, em 1993. A grande metrópole dos Estados Unidos está em alerta permanente desde 11 de setembro de 2001, quando as Torres Gêmeas foram alvo de ataques. As forças de segurança conseguiram evitar 26 tentativas de atentados desde então.

O último ataque com mortes ocorreu em 31 de novembro no bairro de Tribeca, no qual oito pessoas morreram depois de serem atingidas por um veículo que invadiu a ciclovia próxima ao marco zero da cidade. Naquele ataque, cinco amigos argentinos faleceram.

O serviço de metrô e ônibus voltou ao normal após duas horas do incidente, embora os trens não parassem na estação Times Square, enquanto o FBI e a polícia de Nova York continuavam com a investigação. O terminal de ônibus também retomou as operações. Apesar de as autoridades garantirem que não há ameaças, a presença das forças de segurança foi reforçada em toda a cidade.

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