Chelsea Manning será professora convidada em Harvard
Ex-soldado transexual falará sobre identidade de gênero e homossexualidade nas Forças Armadas
Chelsea Manning, a ex-soldado transexual do Exército norte-americano, será uma das professoras visitantes da Universidade de Harvard no outono deste ano, segundo comunicado divulgado pela instituição na quarta-feira. Manning falará sobre a identidade das pessoas transexuais e homossexuais nas Forças Armadas.
A ex-soldado, especialista em segurança, defende os direitos das pessoas transgênero através de sua conta no Twitter (@xychelsea) e escreve colunas de opinião nos jornais The Guardian e The New York Times. A Universidade de Harvard selecionou o grupo de professores convidados para o ano letivo 2017-2018 para “envolver os estudantes nos debates sobre temas fundamentais da atualidade” e oferecer uma “ampla variedade de pontos de vista sobre assuntos como raça, gênero, política e mídia”, afirmou o comunicado do Instituto de Política de Harvard.
Além de Manning, também darão aulas em Harvard Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca durante os primeiros seis meses do Governo de Donald Trump, e Robby Mook, chefe de campanha de Hillary Clinton, ex-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos.
Manning, de 29 anos, passou sete anos na prisão por vazar ao WikiLeaks informações confidenciais, no que foi o maior escândalo de vazamento desse tipo de dados na história dos Estados Unidos. A ex-soldado, que foi condenada a 35 anos de pena, foi libertada em maio.
Em 2010, enquanto servia como analista de inteligência militar, Manning transmitiu ao portal WikiLeaks, dirigido pelo australiano Julian Assange, mais de 700.000 documentos confidenciais sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e comunicações do Departamento de Estado. Após sua condenação, revelou que se sentia como uma mulher, pediu para que começasse a ser chamada de Chelsea em vez de Bradley, e se submeteu a um tratamento para mudar de sexo.
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