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Obama comuta sentença de soldado Manning, que será solta em maio

Manning cumpria 35 anos de prisão por vazar milhares de documentos secretos ao WikiLeaks

Silvia Ayuso
A soldado Chelsea Manning.
A soldado Chelsea Manning.HANDOUT (REUTERS)

Chelsea Manning poderá realizar muito em breve seu desejo de viver sua vida como uma mulher livre. Em uma de suas últimas decisões como presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama comutou a sentença de 35 anos de prisão que cumpria o antigo analista militar condenado por vazar milhares de documentos secretos à plataforma WikiLeaks.

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Depois da invalidação de parte da pena por Obama, Manning, que pouco depois de ser condenado como soldado Bradley Manning, em 2013, anunciou sua mudança de gênero e pediu que lha chamasse Chelsea, ficará livre no próximo dia17 de maio. Ao todo, Obama comutou a sentença de 209 presos e  indultou outros 64.

Manning vazou à plataforma fundada por Julian Assange milhares de documentos secretos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão que o WikiLeaks publicou em 2010. Foi o maior vazamento de documentos diplomáticos e militares segredos da história de EUA e sua revelação provocou uma tormenta internacional. Pouco depois, o então jovem analista militar foi detido e, três anos mais tarde, condenado a mais de três décadas de cárcere, entre outros por violação da Lei de Espionagem, por roubo e fraude informática.

O juiz militar que o sentenciou em agosto de 2013 nos arredores de Washington não levou em conta o arrependimento do jovem de 25 anos, que pediu perdão por “ter prejudicado a EUA”, e afirmou ter a  esperança de que sua sentença tivesse um caráter “dissuasivo”. Um dia após sua condenação, Manning anunciou seu desejo de ser tratado como mulher e mudou seu nome de Bradley a Chelsea Elizabeth Manning, que é o que aparece no perdão presidencial de Obama.

Manning, que durante sua estância na prisão militar de Fort Leavenworth, Kansas, tentou suicidar algumas vezes, reiterou no final do ano passado a petição de perdão ou redução de pena que já havia feito depois de ser condenada.

"Não peço que se me perdoe (...) O único que peço é ser libertada de uma prisão militar depois de cumprir seis anos de confinamento", solicitou Manning em uma carta.

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