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Trump proíbe transexuais nas Forças Armadas dos EUA

"Nossos militares não podem arcar com os custos médicos que os transgêneros representam”, disse

Donald Trump com sua esposa, Melania, em 25 de julho, na Casa Branca.
Donald Trump com sua esposa, Melania, em 25 de julho, na Casa Branca.Alex Brandon (AP)
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Para Donald Trump, nem todos os cidadãos são iguais. Numa declaração pelo Twitter que será recordada no futuro por seu aspecto profundamente discriminatório, o presidente dos Estados Unidos proibiu nesta quarta-feira a presença de pessoas transgênero nas Forças Armadas do país. A medida representa a revogação definitiva da ordem dada por seu antecessor, Barack Obama, que entraria em vigor em 1º de julho, abrindo as portas dos quartéis aos homens e mulheres transexuais.

“Depois de consultar meus generais e especialistas militares, o Governo dos Estados Unidos não aceitará indivíduos transgênero nas Forças Armadas. Nossos militares precisam estar focados na vitória e não podem arcar com os tremendos custos médicos e a perturbação que os transgêneros representarão para as Forças Armadas”, disse Trump.

A proibição é um duro golpe à política de integração promovida por Obama. Antes da presidência dele, os transexuais eram classificados como “desviados sexuais” e deviam ser expulsos das Forças Armadas. Com as diretrizes aprovadas sob seu mandato, não só eles foram plenamente aceitos como também ganharam direito ao tratamento completo de mudança de sexo.

Um estudo publicado na revista médica JAMA concluiu que quase 13.000 transexuais já trabalham nas Forças Armadas (1% do total de militares), e que os médicos militares não estão preparados para atendê-los e muito menos para assegurar sua correta transição.

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