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Furacão Irma: a trajetória da maior tempestade do Atlântico

Ciclone se dirige para a costa norte de Cuba e para a Flórida

Trajetória projetada do furacão Irma.
Trajetória projetada do furacão Irma.Reprodução
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O furacão Irma, o maior registrado no Atlântico, continua sua trajetória e chegou nesta sexta-feira ao sul do arquipélago das Bahamas com ventos de até 260 quilômetros por hora. Pouco tempo depois, o Irma desceu para a categoria de intensidade 4 ao perder um pouco de força nas últimas horas, de acordo com o Centro Nacional de Furações dos Estados Unidos (NHC na sigla em inglês). Isso implica que a intensidade dos ventos é menor; passou de rajadas de 252 quilômetros por hora ou mais para algo entre 209 e 251 quilômetros por hora. Até agora fez 19 mortos e mais de uma centena de feridos.

A violência sem precedentes desse ciclone castigou especialmente nas ilhas de Barbuda e Saint-Martin, nas Pequenas Antilhas. Também varreu a ilha de Porto Rico, a República Dominicana e o Haiti. As últimas atualizações do NHC indicam que o furacão seguirá percorrendo o Caribe na direção noroeste. Espera-se que nesta sexta-feira se aproxime de Cuba e que no sábado chegue ao sul da Flórida, onde, de acordo com o diretor da Agência de Gerenciamento de Emergências dos EUA, Brock Long, o ciclone será “realmente devastador”. Miami espera a maior evacuação de sua história.

Este é o balanço dos estragos que o Irma provocou em sua passagem pelas ilhas do Caribe e das medidas que estão sendo tomadas nas áreas que serão afetadas nos próximos dias:

Antígua e Barbuda


População: 92.000 habitantes. PIB: 1,263 bilhão de euros.
Atividade principal: turismo e setor financeiro.
Vítimas: uma menina de dois anos. Cerca de 95% das casas foram danificadas e 30% destruídas. Aproximadamente 90% das infraestruturas e estradas foram “totalmente destruídas”, de acordo com as autoridades. O ciclone arrasou completamente a ilha de Barbuda (1.600 habitantes) e os prejuízos ultrapassam os 100 milhões de dólares (cerca de 309 milhões de reais).

Bahamas


População: 390.000 habitantes. PIB: 8,133 bilhões de euros. Atividade principal: turismo e serviços financeiros.
Esperam-se estragos importantes, pois está previsto que o olho do furacão passe muito perto desse arquipélago e da capital, Nassau.

Saint-Martin (França e Holanda)


População: 75.000 habitantes.
Atividade principal: turismo, cassinos e setor financeiro.
Vítimas: pelo menos oito mortos (sete na parte francesa e um na holandesa) e cerca de vinte feridos. Não há água potável ou eletricidade e a maior parte do território está sem comunicação. Cerca de 70% das casas foram destruídas, um aeroporto foi arrasado e há inundações de mais de um metro de altura.

Saint-Barthélemy (França)


População: 9.000 habitantes.
Atividade principal: turismo.
Vítimas: ao menos um morto.
Não há água potável e luz. Os edifícios públicos estão fechados e muitas casas foram destruídas.

Anguilla e Ilhas Virgens Britânicas (ambas do Reino Unido)


População de Anguilla: 16.000 habitantes; das Ilhas Virgens Britânicas: 26.000. Atividade principal: serviços financeiros.
Vítimas: ao menos um morto em Anguilla. O Reino Unido fala de “prejuízos catastróficos”. Foram destinados 35 milhões de euros em ajudas e um navio militar para auxiliar as vítimas.

Ilhas Virgens Americanas (EUA)


População: 110.000 habitantes.
Atividade principal: serviços financeiros (paraíso fiscal), turismo e petróleo.
Vítimas: ao menos quatro mortos.

Porto Rico (Estado associado aos EUA)


População: 3,6 milhões de habitantes. O território, em falência, tem uma dívida de 70 bilhões de dólares.
Vítimas: ao menos três mortos. Foram registrados numerosos estragos; árvores e postes de eletricidade caídos, mais de um milhão de pessoas ficaram sem eletricidade e mais de 220.000 sem água corrente. Cerca de 7.000 pessoas estão refugiadas em abrigos.

República Dominicana


População: 10,3 milhões de habitantes. PIB: 65,222 bilhões de euros. Atividade principal: turismo.
Na quinta-feira o furacão passou perto das costas norte e leste. Há inundações em grande parte do país e árvores caídas. Mais de 19.000 pessoas foram evacuadas, entre elas 7.500 turistas. Mais de 100 casas foram destruídas.

Haiti


População: 11 milhões de pessoas. PIB: 7,460 bilhões de euros. Atividade principal: agricultura e pesca.
Há inundações e as estradas no norte do país estão com o tráfego interrompido. O Governo preparou 793 abrigos temporários. A ONG Oxfam teme surtos de cólera e estima que um milhão de pessoas sejam afetadas pelo ciclone.

Cuba


População: 11,4 milhões de habitantes. PIB: 87,133 bilhões de euros. Atividade principal: turismo e açúcar.
A metade oriental e central da ilha está em fase de “alarme”. Evacuação de civis e de 10.000 turistas para regiões mais seguras. Fortes chuvas e rajadas de vento que ganham intensidade nesta sexta-feira.

Estados Unidos

Flórida

População: 20,7 milhões de habitantes. As previsões indicam que a Flórida será o lugar onde, no sábado, o furacão impactará com maior força e que arrasará a região dos recifes e a área metropolitana de Miami (seis milhões de habitantes). As autoridades começaram a evacuação de 650.000 pessoas no condado de Miami-Dade (2,7 milhões de habitantes), a maior de sua história.

Geórgia

População: 10,2 milhões. O governador da Geórgia, Nathan Deal, ordenou na quinta-feira a evacuação obrigatória da cidade de Savannah e de outras áreas costeiras desse estado cujo sul faz fronteira com a Flórida. Deal disse que todos os moradores do condado de Chatam, de cerca de 300.000 habitantes, deverão deixar a região a partir de sábado e anunciou o destacamento de 5.000 soldados da Guarda Nacional.

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