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Governador da Flórida: “Furacão Irma tem potencial para devastar todo o Estado”

Maior furacão do Atlântico se aproxima de Porto Rico após arrasar ilhas de Barbuda e San Martín

Pablo de Llano Neira

O furacão Irma, o maior já registrado no Oceano Atlântico, com categoria máxima (5) e ventos de 297 quilômetros por hora, varreu nesta manhã as ilhas do Caribe Oriental, enquanto deixa toda a região de Porto Rico até a Flórida em alerta vermelho. O Irma atingiu com "violência extrema" as ilhas de Barbuda, San Bartolomé e San Martín, causando inundações e destruição de infraestruturas. Ainda não há informações precisas sobre danos materiais ou humanos. O governador da Flórida, Rick Scott, disse nesta manhã que se prepara para uma tempestade "com potencial para devastar nosso Estado". Ele enfatizou, ainda, que o Irma "é maior, mais forte e mais rápido do que Andrew", em referência ao furacão de 1992, o mais prejudicial na história recente da península.

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Segundo as previsões do Centro Nacional de Furacões dos EUA, na quarta-feira o furacão passará por Porto Rico e Ilhas Virgens. Entre quinta e sexta-feira, poderia atingir a ilha do Haiti e a República Dominicana, primeiro, e Cuba logo depois. A partir daí, a previsão ainda é incerta, mas, se continuar sua trajetória de ascensão ao noroeste, entre sexta e sábado o furacão — “extremamente perigoso”, alerta o Centro de Furacões — poderia atingir o sul da Flórida, cujo Governo declarou na segunda-feira estado de emergência.

Irma ameaça o Caribe e os EUA poucos dias depois de o furacão Harvey ter devastado o Texas, causando pelo menos 60 mortos e danos materiais de 200 bilhões de dólares (cerca de 620 bilhões de reais). As previsões não descartam que, em vez de ir em direção à Flórida, Irma passe pelo Estreito da Flórida e siga em direção ao Golfo do México. A margem de erro da previsão de quatro ou cinco dias é de 280 a 360 quilômetros.

Os residentes das ilhas Antilhas Menores apressam seus preparativos de última hora. Já na segunda-feira à tarde, havia filas para encher os tanques dos veículos, enquanto as autoridades cancelavam voos, preparavam abrigos e fechavam escolas.

O governador da Flórida, Rick Scott, declarou emergência em 67 condados do Estado. “O furacão Irma é uma grande tempestade e que implica risco de morte, e a Flórida deve estar preparada”, escreveu o governador. Em agosto, completaram-se 25 anos da passagem do furacão Andrew pela Flórida, até o momento o mais mortal na história do Estado, com 65 mortos e 60.000 moradias destruídas. Na segunda-feira, a população de Miami corria aos supermercados para se abastecer com dias de antecedência.

Em Porto Rico, o governador Ricardo Rosselló anunciou a instalação de abrigos para 62.000 pessoas, bem como a suspensão das aulas. O diretor da Divisão do Caribe da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), Alejandro de la Campa, disse que um porta-aviões dos EUA foi mobilizado para ajudar em casos de emergência. O porta-aviões conta com 30 helicópteros, equipamentos anfíbios e um hospital.

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