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O que se sabe sobre os atentados na Espanha até agora

Terroristas mataram 14 pessoas e deixaram centenas de feridos em Barcelona e Cambrils

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O ataque terrorista que abalou o coração de Barcelona ontem com 13 mortos e mais de 100 feridos é parte de uma ação com várias ramificações e cenários. No último, a cidade costeira de Cambrils, a polícia matou a tiros cinco suspeitos que estavam tentando realizar um segundo massacre e causaram a morte de uma mulher. Uma explosão em um chalé em Alcanar (Tarragona) nas primeiras horas de quinta-feira também está relacionada à célula jihadista que planejou os ataques. Quatro suspeitos estão detidos, três marroquinos e um espanhol. Veja o que se sabe até agora:

O atentado em Barcelona

  • Às 16h50 (11h50, em Brasília), uma van atropelou várias pessoas em La Rambla (ou Ramblas, como se tornou popularmente conhecida) de Barcelona. O veículo percorreu um total de 530 metros no atentado.
  • A polícia trabalha com a hipótese de que Moussa Oukabir, o irmão mais novo de um dos detidos (cuja documentação foi encontrada na van), era o motorista da van. Seu corpo foi identificado entre os cinco jihadistas abatidos na madrugada desta sexta-feira em Cabrils.
  • Testemunhas relataram que o motorista saiu do veículo e fugiu após o ataque. Ele não gritou e não havia "evidências visíveis" de que ele estava armado.
  • O primeiro corpo identificado foi o de Francisco López Rodríguez, nativo de Lanteira (Granada), de 60 anos de idade. Um sobrinho neto dele também morreu e sua esposa está ferida. Treze pessoas morreram em Barcelona e há mais de 100 feridos de 34 diferentes nacionalidades.
  • Trata-se do ataque terrorista mais grave na Espanha desde 11 de março de 2004. Um total de oito ataques foram perpetrados na Europa no ano passado.
  • A cifra de mortes em Barcelona se eleva a 13 e há mais de 130 feridos de 35 nacionalidades, 60 dos quais já receberam alta.

Tiroteio e tentativa de ataque a bomba em Cambrils

  • À 1h30 (20h30 no horário de Brasília), cinco terroristas foram mortos pela polícia na estância turística de Cambrils (Tarragona). Eles pretendiam realizar outro ataque e massa na cidade
  • Apesar de a polícia ter conseguido frustrar o ataque em massa, cinco pessoas foram esfaqueadas pelos terroristas e uma delas, uma mulher, morreu.
  • Os terroristas carregavam cintos explosivos, mas os artefatos eram falsos, segundo as autoridades catalãs.
  • Um único agente da polícia da Catalunha (Mossos d'Esquadra) matou quatro dos cinco terroristas.

Explosão em um chalé em Alcanar

  • Em Alcanar (Tarragona) na noite de quarta-feira, foi registrada uma explosão em uma casa que deixou uma pessoa morta e sete feridas. Em um primeiro momento, o incidente foi atribuído a um acúmulo de gás, mas na tarde de quinta-feira, as forças de segurança vincularam o caso ao ataque de Barcelona. 
  • Dentro do prédio, ocupado há alguns meses, foram encontradas uma série de cilindros de gás butano e propano.
  • Um dos ocupantes da casa, nascido em Melilha, foi detido. Como se recupera dos ferimentos sofridos, tornou-se uma pista fundamental para a investigação
  • Na tarde de sexta-feira foi encontrado nos escombros um segundo cadáver de outro dos suspeitos.

Detenções em Ripoll

  • As autoridades catalãs detiveram três suspeitos em Ripoll (Girona) por sua conexão com o ataque e um morador de um apartamento que foi afetado por uma explosão.
  • Dos quatro suspeitos que a polícia buscava, todos estão mortos. Três deles foram abatidos em Cambrils. A célula seria formada por 12 terroristas.
  • Um dos presos em Ripoll é o marroquino Driss Oukabir, de 28 anos, irmão do principal suspeito. Os outros dois foram presos nesta sexta-feira.

Um morto em Esplugues

  • Pouco depois do ataque em Barcelona, uma segunda van supostamente alugada pelos terroristas foi localizada em Vic (Barcelona). Nenhum explosivo foi encontrado dentro.
  • Na quinta-feira, um carro tentou passar por um ponto de controle da polícia em Esplugues de Llobregat, atropelando um agente. Pouco depois, o dono do carro foi encontrado morto, supostamente assassinado por um terrorista que roubou o veículo para fugir (o Mossos não descartam que seja Moussa Oukabir, suposto motorista da van que atropelou pedestres em Barcelona). O espanhol morto não tem antecedentes ou relação com os detidos

Protestos rechaçam terrorismo: "No tinc por"

  • O rei Felipe e o chefe de governo, Mariano Rajoy, participaram junto à vice-presidente Soraya Sáenz de Santamaría, e ao ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido, além de autoridades catalãs de um minuto de silêncio celebrado em solidariedade às vítimas dos atentados na Plaza Catalunya .
  • A multidão reunida no centro da cidade entoou a frase "No tinc por" (não estou com medo, em Catalão).

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