O projeto que flagrou amores anônimos nas ruas
Livro reúne fotos de casais de todas as idades e gêneros ao redor do mundo enviadas pelo Instagram
![Retrato de @gnunes, um dos publicados no livro 'Amores Anônimos'.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/6GUSQ2TZ7UPWYOIZLRLQSSRV4Y.jpg?auth=b61db2f0c3870b1e797c385f207bab2cd942cd4a00f9d9af607a91c7c1b4518b&width=414)
![Marina Rossi](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Farc-authors%2Fprisa%2F44fe0c2d-c023-44d6-a120-2218b6b84d29.png?auth=a635913aea56787c84e8341aac08878b79d2aceccdf29cf1a10f487dc95b1f66&width=100&height=100&smart=true)
"A internet (assim como a vida) é um terreno pantanoso, cheio de lama e ódio, no meio do qual brotam umas borboletas." Assim o escritor Gregório Duvivier escreve no prefácio do livro Amores Anônimos (Capote Books + Contente), concebido a partir de uma chamada pública para revelar demonstrações de amor em imagens.
![Imagem enviada por @camilacornelsen.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/36TQIDPZJD4FQOPVLQUY22DIU4.jpg?auth=93fdaa141951af1a58fbedd8795a74265e05a4ece7616ebfe065bea97c94ae32&width=414)
Quem nunca olhou curioso aquele casal que namora na estação da Sé do metrô, últimos beijos antes de partir em direção oposta? E aquele casal velhinho do quilo, que ainda troca gentilezas diante das saladas? Uma curiosidade do tipo levou a jornalista Daniela Arrais a lançar, em 2013, uma mensagem ao mar, a hashtag #amoresanônimos no Instagram, e começou a receber milhares de fotos de casais de todas as idades, gêneros e raças.
![Imagem enviada por @pedrinhofonseca.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/PNRBZPSS354POUQWAE23FKIGA4.jpg?auth=b4243cd47a024fed7697874bcc9068d20528ab17ce09a1dd9ce842d77628562c&width=414)
"Dani é uma dessas borboletas que se dedicou a encontrar outras borboletas. Para isso inventou essa hashtag: para reunir borboletas. E provocar uma revoada de borboletas", diz Duvivier no prefácio. "Alguém sabe qual é o coletivo de borboletas?". O livro, ou o "coletivo de borboletas", reúne 28 das 9.000 fotos recebidas.
![Imagem enviada por @dejumatos.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/53SDAXE7PNBVDQQO7QC4GUTQGA.jpg?auth=d399303af30e700028c82d1347dc111ed344f7a15180de3cc72434cfcc22ae58&width=414)
Ao longo das 80 páginas, há amores anônimos de todas as formas. De gestos carinhosos a pegadas fortes, de intimidade ao silêncio de quem senta-se ao lado do outro e não precisa dizer nada para ser compreendido. Poesia em forma de imagens, sem uma palavra para atrapalhar. E para quem ficou curioso, o coletivo de borboletas é panapaná. "Descobri o que você tem nas mãos: um panapaná", finaliza Duvivier, nas primeiras páginas.