Milhares de pessoas protestam contra o ‘Brexit’ em Londres
Os participantes, muitos dos quais pedem outro referendo, pedem a permanência na UE
Os perdedores do referendo do Brexit fizeram uma manifestação neste sábado, no centro de Londres, para tentar impedir que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) se torne realidade. Milhares de pessoas saíram na manhã deste sábado de Park Lane em direção a Westminster. Cantando — com slogans como “Te amamos UE”— e com bandeiras da UE. Os organizadores ofereceram uma primeira estimativa: a marcha teve mais de 40.000 participantes, segundo a agência Reuters. A polícia ainda não forneceu números.
Alguns manifestantes pedem um segundo referendo. “Não é tarde demais. Ainda não apertaram o botão do artigo 50 [que inicia o mecanismo de saída da União Europeia]. Não é impossível um segundo referendo”, diz Robert Tubb, um rapaz de 23 anos que está estudando mandarim e carrega uma bandeira europeia e um cartaz onde se lê “Brexshit”, um trocadilho com o qual Tubb quer deixar clara sua opinião de que a ideia de deixar a UE é uma “merda”.
“Neste momento, qualquer coisa pode acontecer. Os políticos nos colocaram neste fiasco por seu próprio interesse e agora nos deixam”, diz Gen Williams, um jovem com jaqueta de couro e zíper amarelo, de 33 anos, que trabalha na indústria musical. “Não sei o que vamos fazer. Nossas bandas fazem turnê de cinco dias pela Europa; se precisarmos de visto a partir de agora, será muito difícil.”
Bastava ler os cartazes do protesto para entender o que estava passando pela cabeça desta outra metade do país, que perdeu o referendo. “Meus quatro avós lutaram na Segunda Guerra Mundial. Três dos meus tios-avós foram levados para campos de concentração. É por isso que votei para ficar”, dizia um dos cartazes. “Não ao Brexit sem eleições gerais”, dizia outro. “Quero que meu continente seja parte deste país”, dizia um terceiro. E o clássico “I will always love EU”, fazendo um trocadilho com a música de Whitney Houston.
O Reino Unido vive os últimos dias mergulhado na incerteza. A própria Rainha Elizabeth da Inglaterra pediu que os líderes britânicos, durante a sessão de abertura do Parlamento da Escócia, em Edimburgo, mantenham “a calma e a compostura” para lidar com a evolução dos acontecimentos após a vitória do Brexit, no referendo de junho Além disso, os dois principais partidos da Inglaterra estão em plena guerra interna pela liderança. Theresa May, ministra do Interior, está emergindo como favorita para substituir David Cameron.
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