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Nas redes, PMDB faz ‘contagem regressiva’ para início do Governo Temer

Cassação do parlamentar, preso em 2015 por obstruir a Lava Jato, passou por unanimidade Também nesta terça, Governo apelou ao STF para barrar o impeachment de Dilma. Acompanhe

Protestos contra o impeachment em São Paulo.
Protestos contra o impeachment em São Paulo.EFE/NBr
Acompanhe AO VIVO a votação do impeachment no Senado

O Senado aprovou, na noite desta terça-feira, por unanimidade, a cassação do mandato de Delcídio do Amaral (ex-PT do Mato Grosso do Sul), preso no ano passado sob a acusação de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Mais cedo, a Advocacia-Geral da União apelou ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar barrar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, num dia  marcado por protestos de grupos contra o impeachment em várias partes do país.

Passada a cassação de Delcídio do Amaral, o Senado se prepara para mais um dia importante: a votação do impeachment de Dilma Rousseff, na quarta. O PMDB, por sua vez, não esconde a ansiedade para chegar ao poder e publica mensagem de contagem regressiva:
A votação da cassação de Delcídio foi encerrada: 74 senadores decidiram que ele perderá o mandato por quebra de decoro parlamentar. Ninguém votou contra.
Isso significa que, se começar no horário, às 9h, às 19h, quando voltar do último intervalo, ainda faltarão 8h apenas de falas de oradores. Por essa previsão, só a parte de falas terminará depois das 3h.
Já são 66 oradores inscritos, afirma o presidente do senado. Se cada um usar todo o tempo de 15 minutos para falar, apenas essa parte da sessão durará quase 16h30.
Para evitar que a sessão se prolongue muito, Renan diz que não será permitido que os senadores façam apartes durante a votação e também não haverá possibilidade de que os oradores falem por mais de 15 minutos. Os microfones serão desligados automaticamente, diz ele.
Depois da fala da defesa da presidenta começa a votação, que será no painel eletrônico exclusivamente.
Serão três blocos de discussão: das 9h às 12h, das 13h às 18h e, um terceiro, começando às 19h. Após a fala dos senadores falarão o relator da comissão especial do impeachment, senador Antonio Anastasia, e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Cada um terá 15 minutos.
Enquanto os senadores votam, Renan anunciará como será a votação do impeachment amanhã, que começará às 9h. Cada orador inscrito terá direito a 15 minutos para defender sua posição (10 minutos) e já encaminhar seu voto (por 5 minutos).
A defesa de Delcídio durou quatro minutos. Agora será feita a votação por painel eletrônico.
A votação do processo de Delcídio recomeçou com um defensor dativo, uma figura prevista no direito nomeado para representar o julgado ausente. Ele é Danilo Aguiar, diretor da Consultoria Legislativa do Senado Federal.
O anúncio de Jucá ocorreu após uma reunião entre ele, Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Entre os dez cortes deve estar incluída a perda de status de ministério do Banco Central. A instituição se tornou um ministério na gestão Lula.
Delcídio do Amaral não compareceu à sessão e seu advogado não compareceu. Renan Calheiros decidiu suspender a sessão por cinco minutos para que seja designado um defensor, necessário para esse momento do processo.
Jucá antecipou quatro cortes. Os ministérios dos Portos e da Aviação Civil serão integrados ao dos Transportes. O da Comunicação será anexado ao da Ciência e Tecnologia. E o do Desenvolvimento Agrário se unirá ao do Desenvolvimento Social.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), possível próximo ministro do Planejamento, anunciou hoje que, se o vice-presidente Michel Temer assumir a presidência da República, ele deverá cortar 10 dos 32 ministérios.
O senador foi gravado pelo filho de Cerveró discutindo um plano de fuga. Relembre: http://cort.as/Zacd
Os senadores acataram a tese de que Delcídio quebrou o decoro parlamentar ao tentar obstruir a Justiça ao se oferecer para influenciar junto a Supremo Tribunal Federal para facilitar a fuga de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, preso pela operação Lava Jato
A votação-relâmpago foi feita no próprio Plenário porque os senadores foram avisados por Renan Calheiros de que ele não colocaria em votação o impeachment de Rousseff se o caso de Delcídio não fosse julgado antes. O destino do senador, na comissão, foi decidido em 15 minutos.
A sessão que vota a cassação de Delcidio foi definida na noite de ontem, após uma votação-relâmpago dos membros da Comissão de Constituição e Justiça, que aprovou o relatório que pede que ele perca o mandato.
No Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros, abriu agora sessão extraordinária para votação da cassação do mandato de Delcídio do Amaral. São necessários 41 votos a favor dos 81 senadores para que Delcídio perca o mandato.
73 mulheres que protestaram contra dois deputados pró-impeachment em um avião que ia de Salvador para Brasília foram detidas hoje assim que a aeronave pousou na capital. Elas prestaram depoimento e foram liberadas em seguida.

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