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Só há cinco latino-americanos entre as 100 maiores fortunas

Bilionário mexicano Carlos Slim cai do segundo para o quarto lugar no ranking na lista da Forbes 2016

Andrés Rodríguez
O brasileiro Jorge Paulo Lemann, junto a sua esposa em julho de 2015.
O brasileiro Jorge Paulo Lemann, junto a sua esposa em julho de 2015.EFE
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Apenas cinco latino-americanos aparecem entre as 100 maiores fortunas do mundo, segundo revela em sua lista anual a revista Forbes. O bilionário mexicano Carlos Slim, em quarto lugar, é o melhor colocado na lista. É seguido, representando o Brasil, pelo magnata cervejeiro Jorge Paulo Lemman, em 19º lugar; o banqueiro Joseph Safra, na posição 45; e os investidores Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, nas posições 67 e 87, respectivamente.

A lista, que mede os maiores patrimônios líquidos do mundo com base em informações públicas, é encabeçada novamente por Bill Gates, com 75 bilhões de dólares. Ele ocupou o primeiro lugar em 17 dos 21 anos que apareceu na publicação. Em seguida na lista está o espanhol Amancio Ortega (67 bilhões), fundador do grupo têxtil Inditex e o investidor Warren Buffett (60,8 bilhões).

Slim, que controla 70% do mercado de telefonia celular e 62% de telefones fixos no México através de sua empresa América Móvil, foi o “maior perdedor do ano”, de acordo com a publicação. Seu patrimônio recebeu um golpe que levou a uma perda de 27 bilhões durante 2015 e início de 2016, o que levou à queda do segundo para o quarto lugar do ranking.

Lemann, com um patrimônio de 28 bilhões de dólares, é o homem mais rico do Brasil. Seus milhões são resultado de sua participação na Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo, da qual é proprietário através da empresa 3G Capital. Safra é descendente de uma família de banqueiros vinda da Síria. De acordo com a Forbes, é o banqueiro mais rico do mundo, com um patrimônio de 17 bilhões. Em 2014 expandiu seu investimento com a aquisição de 50% da empresa Chiquita Brands International, uma empresa que produz e distribui bananas e outros produtos.

Os dois últimos latino-americanos entre os 100 mais ricos do mundo são Herrmann Telles e Sicupira. Ambos são, como Lemman, os empresários de destaque no negócio de cerveja no mundo. Ambos são acionistas da Anheuser-Busch InBev e devem grande parte de sua riqueza às porcentagens de controle que têm sobre a cervejaria. Telles, com um patrimônio líquido de 13 bilhões de dólares, é dono de 5% das ações da Anheuser-Busch InBev. Enquanto que Sicupira — seu sócio de toda a vida —, que possui 3% das ações da cervejaria, tem um patrimônio avaliado em 11,3 bilhões de dólares.

Quem ficou fora dos 100 por pouco, no posto 101, foi a chilena Iris Fontbona. A viúva do magnata da mineração Andrónico Luksic, com um patrimônio estimado em 10,1 bilhões de dólares, herdou, com seus três filhos, o comando de Antofagasta PLC, um dos maiores conglomerados do Chile.

Argentina e Colômbia, na lista

A.R.

Outro que está no ranking é o banqueiro colombiano Luis Carlos Sarmiento. A Forbes o colocou no posto 124, com um valor de 8,9 bilhões de dólares. No caso da Argentina, os primeiros a aparecerem na lista são os irmãos Carlos e Alejandro Bulgheroni. Ambos somam um valor líquido de 4,5 bilhões de dólares pelo controle da petroleira Bridas Corporation.

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