Estados Unidos advertem que a vacina contra o zika levará anos
As autoridades não temem uma explosão do vírus como em outros países Norte-americanos não descartam, contudo, um surto mais moderado
A vacina contra o zika vírus não estará disponível no futuro imediato, alertou na quinta-feira um alto funcionário da saúde dos EUA. O país acompanha de perto a propagação do vírus na região, mas seus especialistas não acreditam que sofrerá com a mesma virulência de outros países. O zika, que é transmitido por um mosquito e para o qual não há nenhum tratamento, já está presente em 23 países e territórios da América.
O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês), Anthony Fauci, revelou que já se está trabalhando em dois projetos de vacina contra o zika vírus. Um deles é “uma vacina baseada no DNA que usa uma estratégia semelhante à empregada contra outro flavivírus, o vírus do Nilo Ocidental”, disse Fauci em uma teleconferência com jornalistas. A segunda estratégia busca uma vacina viva atenuada baseada no vírus da dengue.
No entanto, apesar dos estudos “promissores” e do fato que os primeiros testes possam ser feitos antes do fim de 2016, Fauci alertou que “não haverá uma vacina efetiva amplamente disponível neste ano e nem provavelmente nos próximos”.
Até agora, no território continental dos Estados Unidos, foram confirmados 31 casos de zika vírus, registrados em 11 Estados e na capital. Todos os doentes foram infectados durante uma viagem ao exterior, afirmou a vice-diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Anne Schuchat. A estes devem ser acrescentados mais 20 casos confirmados por laboratório registrados nos territórios norte-americanos de Porto Rico (19) e nas Ilhas Virgens (um caso). Nesses dois territórios aconteceram casos de infectados durante viagem a países de alto risco de zika e também por transmissão local.
Embora nos Estados Unidos continental ainda não tenha sido constatado nenhum caso de transmissão local, Schuchat disse não descartar que surja algum no futuro, pois alguns Estados do sul, especialmente determinadas regiões da Flórida e do Texas, tiveram casos de dengue e chikungunya no passado, transmitidos pelo mesmo mosquito responsável pelo zika, o Aedes aegypti.
“É possível, e inclusive provável, que tenhamos surtos limitados nos Estados Unidos”, afirmou Schuchat, que atribuiu à menor densidade populacional nas cidades norte-americanas, bem como a uma utilização mais generalizada do ar condicionado e de medidas de proteção como mosquiteiros, o fato de que até agora os surtos de dengue e de chikungunya terem sido muito mais limitados nos Estados Unidos. Por isso, acrescentou, o CDC não fez grandes recomendações à população, exceto para mulheres grávidas, às quais recomenda não viajar a países com zika vírus se puderam evitá-lo.
Na quinta-feira, a Delta e a JetBlue se juntaram às companhias aéreas norte-americanas que, como a American Airlines, oferecem a possibilidade de trocar passagens aéreas a gestantes que pretendiam viajar para lugares com presença do zika vírus, informa a agência EFE.
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