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Escândalo da Petrobras faz Brasil piorar em ranking mundial de corrupção

País perdeu cinco pontos no relatório da Transparência Internacional, figurando na 76ª posição

O Brasil foi o país a registrar a maior piora na percepção dos cidadãos sobre o nível de corrupção no setor público no mundo, caindo sete posições no ranking  realizado com 168 países pela Transparência Internacional. Relatório divulgado nesta quarta-feira mostra que o país saiu da 69ª posição (2014) para a 76ª (2015) e, em uma pontuação de 0 (extremamente corrupto) a 100 (muito transparente), o país ficou com 38 pontos (uma queda de cinco pontos em relação ao ano anterior). O Brasil divide a 76ª posição com mais seis países: Bósnia e Herzegovina, Burkina Faso, Índia, Tailândia, Tunísia e Zâmbia.

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro.
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. VANDERLEI ALMEIDA (AFP)

A organização não-governamental atribuiu a piora na avaliação ao escândalo envolvendo a Petrobras, alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e que "levou as pessoas às ruas em 2015". Pelo segundo ano consecutivo, a Dinamarca aparece no topo, com pontuação de 91 de 100, sendo avaliada pela população como o país menos corrupto —o relatório mede a percepção de corrupção e não os níveis reais devido ao sigilo envolvido nos negócios corruptos.

Acossado por escândalos e uma tensa relação entre oposição e Governo, a Venezuela também perdeu colocação e é hoje um dos países mais mal avaliados nesse setor: o país obteve apenas 17 pontos e ficou a dez posições de ser considerado pela população o mais corrupto do mundo (158° lugar), empatado com Guiné Bissau e o Haiti. Outros países que registraram as maiores quedas nos últimos quatro anos foram a Espanha, Líbia, Austrália, e Turquia.

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No lado oposto, a Grécia, Senegal e o Reino Unido são os que mostraram melhoras mais significativas nesse período. Líder no ranking como o mais limpo, a Dinamarca é seguida pela Finlândia, Suécia, Nova Zelândia, Holanda, Noruega, Suíça, Cingapura, Canadá e Alemanha, que divide a décima posição com Luxemburgo e o Reino Unido.

"Os países com melhor desempenho compartilham características chave: alto nível de liberdade de imprensa; acesso a informação sobre orçamento público – para que a população saiba de onde vem e como é gasto o dinheiro; altos níveis de integridade entre as pessoas no poder; e sistemas judiciários que não diferenciam ricos e pobres, e que são realmente independentes das outras esferas do governo", destaca a organização não-governamental.

Nas últimas posições, com 8 pontos e como os países mais corruptos, estão a Somália e a Coreia do Norte, precedidos pelo Afeganistão, Sudão, Sudão do Sul, Angola, Líbia, Iraque.

O índice é feito a partir de estudos comparativos de diversas instituições e organizações que analisam a opinião do setor privado sobre a corrupção no setor público.

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