Supremo libera Câmara para votar as contas de Dilma sem o Senado
Deputados poderão continuar votando as contas até que a corte tome decisão final
A polêmica envolvendo a análise e votação das contas presidenciais pelo Congresso ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira, mas ainda está longe do desfecho. O Supremo Tribunal Federal decidiu que a Câmara dos Deputados poderá, por enquanto e até que pleno da corte dite uma sentença sobre o tema, continuar votando as contas presidenciais, o que contribui para reacender a esperança da oposição para abrir processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Casa comandada por Eduardo Cunha.
A maior corte do país deixou claro nesta quinta-feira que a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em agosto, que falava da realização de sessão conjunta entre Câmara e Senado para votar as contas públicas não se tratava de uma determinação, mas de uma "sinalização", nas palavras do ministro. Barroso foi criticado pelo colega Gilmar Mendes, que avaliou que a decisão anterior do colega de STF teve um “tom mandatório”.
De fato, na época, a decisão do Supremo foi encarada como um alento à presidenta e uma derrota do presidente da Câmara, inimigo declarado do Governo. Isso porque a sessão conjunta seria conduzida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que emergiu como o neoaliado do Governo em meados de agosto. Imediatamente, Cunha entrou com um recurso contra a medida.
Foi para analisar esse recurso do presidente da Câmara que o Supremo acabou esclarecendo o teor da decisão de Barroso. Essa novela jurídica, acompanha em detalhes pelos por Governo e oposição, começou em 14 de agosto, quando o STF emitiu decisão referente a uma liminar – pedido de urgência – relativa a uma solicitação da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). A parlamentar pedia a anulação da sessão que aprovou as contas de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, e sugeria que o rito fosse feito em sessão das duas casas, Câmara e Senado. A votação das contas dos ex-presidentes em uma única tarde foi vista como uma manobra de Cunha para abrir caminho para votar e potencialmente rejeitar as de Dilma.
A contas de 2014 do Governo ainda estão sob análise do TCU (Tribunal de Contas da União), que já sinalizou que pode condenar o Planalto pelas chamadas pedaladas fiscais, maquiagem nas contas públicas. Uma vez julgadas pelo tribunal, as contas seguem para a Câmara.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.
Mais informações
Eduardo Cunha sofre revés no STF em sua cruzada pelo impeachment
Arquivado Em
- Impeachment Dilma Rousseff
- STF
- Caso Petrobras
- Dilma Rousseff
- Crises políticas
- Justiça Federal
- Partido dos Trabalhadores
- Financiamento ilegal
- Presidente Brasil
- Destituições políticas
- Presidência Brasil
- Tribunais
- Corrupção política
- Governo Brasil
- Poder judicial
- Brasil
- América do Sul
- Partidos políticos
- Governo
- América Latina
- Força segurança
- Empresas
- América
- Administração Estado
- Administração pública