Assassino de jornalistas na Virgínia queria vingar chacina de Charleston
Em fax de 23 páginas, Bryce Williams expressou admiração pelo massacre em Columbine
Bryce Williams, autor do tiroteio que matou dois repórteres do canal local da Virgínia WDBJ7, filial da CBS, na quarta-feira, explicou em um fax enviado à rede ABC que seu ato foi inspirado pela vingança pelo tratamento recebido enquanto trabalhava e pelo massacre em uma igreja em Charleston (Carolina do Sul), ocorrido em junho. No documento de 23 páginas, Vester Lee Flanagan, conhecido profissionalmente como Bryce Williams, de 41 anos, afirmou que sua raiva “foi crescendo pouco a pouco” por causa de supostos casos de discriminação racial e assédio sexual. Ele também expressou sua admiração pelos autores de assassinatos em massa dos Estados Unidos, como o da escola secundária de Columbine (Colorado), em 1999, na qual morreram 12 adolescentes, e o da Universidade de Virginia Tech, em 2007, cujo autor, o coreano Seung Hui Cho, Flanagan diz ter conhecido.
“O tiroteio na igreja [de Charleston] foi o ponto final, mas minha raiva foi crescendo ao longo do tempo. Faz tempo que sou um barril de pólvora humano”, indicou ele, no fax. Um representante da família de Flanagan emitiu ontem um comunicado no qual expressou suas “mais profundas condolências às famílias de Alison Parker e Adam Ward”.
O diretor da emissora de televisão da Virgínia, Jeff Marcos, afirmou que os jornalistas eram “muito queridos” por seus companheiros, e disse que o assassino, Vester Flanagan, era um “desgraçado” que teve que ser escoltado para fora do edifício do canal WDBJ7 quando foi despedido em 2013, segundo informações da BBC. Após o assassinato, Flanagan tentou uma fuga durante mais de cinco horas, finalmente suicidando-se quando se viu encurralado pelas autoridades.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que o incidente serve para demonstrar que a violência com armas de fogo “já é algo demasiadamente comum” nos Estados Unidos. “Infelizmente, esse tipo de acontecimento ocorre com demasiada frequência”, lamentou Barack Obama, em uma entrevista dada na Casa Branca. “O que sabemos é que o número de pessoas que morrem por causa de incidentes relacionados com arma em todo este país ofusca qualquer morte produzida por causa do terrorismo”, afirmou.
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