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França enterra `a noite e com discrição os jihadistas de Paris

A Justiça proíbe uma manifestação de matizes islamofóbicas na capital

Gabriela Cañas
Os irmãos Kouachi depois da matança no 'Charlie Hebdo'.
Os irmãos Kouachi depois da matança no 'Charlie Hebdo'.Reuters

Na noite de sexta-feira para sábado, e com total discrição, foi enterrado um dos três terroristas de Paris. Said Kouachi, um dos autores da matança do Charlie Hebdo, foi sepultado na cidade onde cresceu, Reims, apesar da rejeição inicial do prefeito, Arnaud Robinet, de fazê-lo na cidade. A França está organizando com a máxima discrição o enterro dos jihadistas que entre os dias 7 e 9 de janeiro mataram 17 pessoas. Não só por questões de segurança, mas também porque, como explica a prefeita da capital, Anne Hidalgo, ninguém quer que seus túmulos se tornem locais de peregrinação.

O enterro do mais velho dos Kouahi foi feito na intimidade, com uns poucos familiares e sob vigilância policial. O irmão mais novo, Chérif Kouachi, o outro terrorista que atacou a sede da revista, será enterrado perto de Paris, em Gennevilliers, onde morava. O prefeito, Patrice Leclerc, exigiu que a sepultura seja anônima. O terceiro jihadista, Amedy Coulibaly, que matou uma policial e quatro judeus que faziam suas compras em um supermercado kosher, pode ser enterrado no local em que vivia, Grigny, ao sul de Paris.

Os juízes proibiram um protesto convocado para o domingo em Paris por uma organização “de resistência republicana” que exige a expulsão dos muçulmanos. Os juízes argumentam que há “uma lógica islamofóbica” na convocatória.

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