_
_
_
_
_

Romário, o senador mais pop

A eleição ao Senado teve algumas surpresas, como a vitória do ex-jogador no Rio e a aposentadoria de Suplicy em São Paulo

Suplicy (à direita) fez campanha ao lado de Alexandre Padilha e Lula.
Suplicy (à direita) fez campanha ao lado de Alexandre Padilha e Lula.S. M. (EFE)

A disputa este ano pelas 27 vagas das 81 cadeiras do Senado não foi, dramaticamente, a protagonista das atuais eleições, mas rendeu algumas brigas acirradas e resultados surpreendentes.

Em São Paulo, o mais longevo senador paulista desde 1991, não terá mais um lugar no Congresso: Eduardo Suplicy (PT), de 73 anos, perdeu o cargo para José Serra (PSDB), que obteve 58,49% dos votos válidos.

Já no Rio de Janeiro, o ex-futebolista e deputado federal Romário (PSB) foi a figura mais pop do atual pleito, eleito por mais de 4,6 milhões eleitores (63,43% dos votos).

A maior virada aconteceu em Pernambuco e pode ser atribuída a Fernando Bezerra Coelho (PSB), ex-ministro de Dilma Rousseff, ligado a Eduardo Campos, que estava atrás na disputa por eleitores, mas terminou vencendo o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT), que ficou em segundo lugar. Recebeu mais de 2, 6 milhões de votos (64,34%).

Proporcionalmente, a maior votação desta eleição é do senador Álvaro Dias (PSDB), eleito pelo Paraná para cumprir seu quarto mandato na casa com 77% dos votos válidos (4,1 milhões de eleitores). Desde o início, o candidato já aparecia como favorito nas pesquisas. Caso cumpra seu mandato até o fim, ele se tornará o senador com mais tempo da história do Estado, com 32 anos de cargo.

O grande retorno foi o de Tasso Jereissati (PSDB), no Ceará. O senador, conhecido inimigo de Lula e do PT e que estava afastado do Congresso desde 2011, saiu eleito o senador cearense com 57,91% dos votos (2,3 milhões).

Em Alagoas, surpreende sempre que o ex-presidente Fernando Collor de Mello, afastado do cargo por impeachment em 1992, conquiste a reeleição, alcançando, desta vez, quase 690.000 votos ou 55,69% do eleitorado.

Já da Paraíba sai o candidato mais velho ao Senado: José Maranhão (PMDB), de 81 anos, que retorna depois de um hiato de cinco anos fora do Congresso e era apontado como favorito desde o começo. Ele obteve pouco mais de 647.000 votos (37,12%).

Vale ressaltar que o PMDB foi o partido que conquistou a maioria de vagas no Senado desta vez. Os senadores eleitos assumirão um mandato de oito anos para representar os interesses de seus Estados. Confira os vencedores de outros Estados no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_