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Biden anuncia corte de impostos que beneficiará 50 milhões de norte-americanos

Presidente promove seu programa econômico para superar a relutância do Congresso e dos democratas mais moderados

María Antonia Sánchez-Vallejo
Joe Biden baja impuestos
Joe Biden, nesta quinta-feira na Casa Branca, após fazer seu discurso econômico.Evan Vucci (AP)
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Biden, durante su discurso. Le acompañan Kamala Harris, vicepresidenta de EE UU, y Nancy Pelosi, presidenta de la Cámara de Representantes.
Biden pede ao Congresso apoio à sua agenda social: “Não podemos parar agora”
President Joe Biden and first lady Jill Biden watch as a carry team moves a transfer case containing the remains of Marine Corps Cpl. Humberto A. Sanchez, 22, of Logansport, Ind., during a casualty return Sunday, Aug. 29, 2021, at Dover Air Force Base, Del. According to the Department of Defense, Sanchez died in an attack at Afghanistan's Kabul airport, along with 12 other U.S. service members. (AP Photo/Carolyn Kaster)
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu na quinta-feira seu plano socioeconômico de apoio à classe média e, por extensão, de combate à pobreza. O presidente democrata garantiu que vai reduzir os impostos para as classes mais desfavorecidas, uma medida que pode beneficiar cerca de 50 milhões de norte-americanos, e vai aumentá-los para os cidadãos com rendimentos mais elevados. A proposta de reforma tributária já havia sido avançada pela Casa Branca, como forma de financiar os colossais planos de infraestrutura e cobertura social que constituem o cerne de seu mandato. Mas a oposição republicana e a rejeição dos moderados democratas a um plano social com investimento previsto de 3,5 trilhões de dólares levaram o presidente a se envolver pessoalmente na luta, ainda incipiente no Congresso, para endossar a proposta. O plano de infraestrutura física, de 1,2 trilhão de dólares, recebeu apoio bipartidário em junho passado, mas uma série de dúvidas e temores cercam o processamento do programa social.

Em discurso na Casa Branca, Biden anunciou “um corte histórico de impostos para a classe média” —que ele sempre define como a espinha dorsal do país— ao mesmo tempo em que garante que as grandes corporações e os mais ricos terão que começar a pagar “sua parte justa de impostos“, revertendo o corte de impostos adotado durante a gestão de Donald Trump. É, portanto, como a Casa Branca avançou em um comunicado na quinta-feira, para “estabelecer regras do jogo [econômicas] mais justas para garantir que a classe média, a espinha dorsal de nosso país, possa finalmente respirar.”

“Nos últimos quarenta anos”, disse Biden, “os ricos ficaram ainda mais ricos e as grandes empresas perderam o senso de responsabilidade social.” “Os norte-americanos comuns e trabalhadores foram simplesmente postos de lado”, enfatizou, defendendo seu programa como algo que “poderia mudar a trajetória dos Estados Unidos nos próximos anos, talvez até décadas”.

Biden quer se concentrar em sua agenda doméstica, que teoricamente definirá seu mandato, para esquecer os ressentimentos com a retirada precipitada do Afeganistão. E para silenciar, nesta quinta-feira, o ruído provocado pelo anúncio inesperado, na véspera, de uma aliança estratégica no Pacífico com o Reino Unido e a Austrália. Em um breve discurso, Biden defendeu sua visão social da economia e estava confiante de que o Congresso dará luz verde ao gigantesco pacote de medidas que ampliam a cobertura social em todas as áreas, desde a educação infantil até o atendimento a menores ou dependentes, passando através do âmbito dos programas de segurança social Medicare e Medicaid. “Sei que ainda temos um longo caminho a percorrer, mas estou confiante de que o Congresso em breve me encaminhará o plano de infraestrutura [com apoio] bipartidário e o plano Reconstruir Melhor que propus”, disse Biden, usando o nome oficial do programa de cobertura social.

O presidente deve falar com os líderes da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e do Senado, Chuck Schumer, nesta quinta-feira sobre a agenda legislativa. No dia anterior, ele se encontrou separadamente com dois senadores democratas da facção mais moderada do partido. Os dois centristas se opõem ao desembolso de 3,5 trilhões de dólares por medo do impacto no déficit de gastos públicos e pela rejeição de um aumento de impostos sobre as rendas mais altas, justamente o que o presidente democrata anunciou nesta quinta-feira.

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