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Presidenta interina da Bolívia e o número dois da Venezuela estão com covid-19

Depois de Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira foi a vez de Jeanine Áñez e Diosdado Cabello informarem que os resultados de seus exames deram positivo para infecção por coronavírus

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez.
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez.Luis Ángel Reglero (EFE)

Depois do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, e o presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, braço direito do chavismo, anunciaram nesta quinta-feira que estão com covid-19. No Twitter, Áñez —que assumiu a presidência boliviana em novembro, quando Evo Morales deixou o país— afirmou que passa bem, sente-se “forte” e cumpre a quarentena. “Testei positivo para a covid-19, estou bem, trabalharei em isolamento. Juntos, sairemos adiante”, escreveu a presidente internina. “Junto com minha equipe, estivemos trabalhando pelas famílias bolivianas durante todo este tempo. Devido ao fato de que, na última semana, muitos deles testaram positivo para o coronavírus, fiz o teste e meu resultado também deu positivo. Estarei em quarentena durante 14 dias, até fazer outro exame”, afirma Áñez no vídeo publicado. Ela termina a mensagem agradecendo aos cidadãos bolivianos que trabalham para combater o novo coronavírus, que infectou quase 43 mil pessoas na Bolívia e deixou mais de 1,5 mil mortos no país até esta quinta-feira.

“Desde já estou isolado e seguindo o tratamento indicado”, afirmou também Diosdado Cabello, dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Ele cancelou a transmissão de seu programa Con el Mazo Dando por apresentar o que considerou “uma forte alergia”. Agora foi confirmado que na realidade tem coronavírus.

O presidente Nicolás Maduro transmitiu pela televisão uma mensagem de apoio a Cabello: “Estamos contigo, Diosdado. Tenho certeza de que, com sua fortaleza moral, espiritual e a proteção de nosso santo José Gregorio Hernández, você passará esses dias de tratamento e recuperação”. O mandatário disse que seu número dois “está descansando, está bem, só teve o que acreditava ser uma forte alergia com um pouco de dor de cabeça”. O governador do Estado de Zulia, o chavista Omar Prieto, também foi hospitalizado há pouco com problemas respiratórios e sintomas leves de coronavírus.

Depois de meses com números modestos de contaminados, as estatísticas oficiais venezuelanas começaram a subir pouco a pouco nas últimas semanas. No início de junho, a Venezuela registrava 1.600 casos e 17 mortos. Nesta quinta-feira o número havia aumentado para 8.008 positivos, com 75 casos fatais, segundo dados divulgados pelo Executivo. O número de mortos é de quatro a cinco por dia.

Depois de um teste de flexibilização, o Governo decretou “a radicalização” da quarentena. As ruas de Caracas e do resto das cidades do país voltaram a amanhecer nesta semana tomadas pela Polícia Nacional Bolivariana, com funcionários postados a poucos quarteirões de distância nas avenidas e rodovias, solicitando salvo-conduto para circular. O comércio e as atividades cotidianas, que haviam sido relaxados, sofreram novas restrições.

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