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EL PAÍS ganha o Prêmio Gabo de melhor cobertura com uma série de reportagens sobre a fronteira sul do México

A Fundação García Márquez reconhece o trabalho ‘Fronteira Sul’, realizado em parceria com ‘El Faro’, por ir além da cobertura tradicional e “dar rosto e coração às comunidades de uma região esquecida”

Um jovem imigrante é detido no posto de controle instalado pelo Instituto Nacional de Migração e a Guarda Nacional na entrada principal da cidade de Palenque, Chiapas (México), em 2019.
Um jovem imigrante é detido no posto de controle instalado pelo Instituto Nacional de Migração e a Guarda Nacional na entrada principal da cidade de Palenque, Chiapas (México), em 2019.Mónica González (El País)

A série de reportagens Fronteira Sul. a fronteira desconhecida da América, realizada por jornalistas do EL PAÍS América em parceria com repórteres do jornal El Faro, de El Salvador, foi reconhecida nesta quinta-feira com o Prêmio Gabo de melhor cobertura, concedido pela Fundação García Márquez, criada pelo escritor em 1995. O júri, formado por María Elvira Samper (Colômbia), Liza Gross (Argentina) e Rosental Alves (Brasil), escolheu as seis reportagens por seu “alto nível de elaboração” e por “revelarem a dramática complexidade da fronteira sul do México”.

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A obra, que se sobressaiu entre as 344 indicadas nesta edição do Prêmio Gabo para esta categoria, “retrata um território que movimenta grande parte da droga que chega aos Estados Unidos e por onde milhares de centro-americanos fogem todos os anos da pobreza ou da violência em seus países de origem”. Os jurados escolheram por unanimidade o vencedor “por ir além da tradicional cobertura jornalística dos cartéis ou grupos criminosos, as quais costumam se ater a declarações e dados oficiais”. “Pelo contrário, esta longa série de seis partes, produzida por mais de 20 jornalistas, dá um rosto e um coração às comunidades que vivem e trabalham numa região esquecida. Faz isso com uma habilidosa combinação de textos, vídeos, fotografias e infográficos reveladores”, destaca a decisão.

O prêmio, entregue em uma cerimônia virtual, também reconhece “a coragem jornalística do Fronteira Sul, por se tratar de uma aventura arriscada que mergulha em um território violento, poroso e extenso, onde se mesclam as economias ilegais e as tradicionais de subsistência”. “Com a chegada de Donald Trump, todos os olhares estavam voltados para a fronteira norte. Decidimos focar nossa atenção na fronteira sul”, declarou Javier Lafuente, vice-diretor do EL PAÍS América e coordenador do projeto.

Outro trabalho, publicado na seção Planeta Futuro do EL PAÍS, ganhou na categoria Imagem. Trata-se de uma série de reportagens multimídia coordenada por Francesc Badia i Dalmases e Pablo Albarenga, que une storytelling em vídeo e fotografia com textos para apresentar histórias relacionadas à crise ambiental na Amazônia. De acordo com o júri, Defensores da Floresta é “um excepcional produto jornalístico que busca abordar a crise climática no cotidiano de jovens que desempenham um papel, até agora pouco documentado e reconhecido, na defesa e conservação da Amazónia no Brasil e Equador”.

O melhor texto desta edição do Prêmio Gabo é outro trabalho colaborativo, publicado em InfoAmazonia, The Miami Herald, Runrun.es, De Correspondent e El Correo del Caroní. A reportagem investigativa Venezuela, Paraíso dos Contrabandistas explora os conflitos de mineração, tráfico de ouro e fluxos de dinheiro ilegal por meio de análise de dados e entrevistas com fontes de instituições estatais, traficantes de ouro no Caribe e refugiados venezuelanos que são usados como carregadores de ouro e pessoas envolvidas no comércio. Pilar del Río destacou o trabalho, como membro do júri: “Foi feito com muito esforço”.

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Mais de 1.400 trabalhos jornalísticos disputaram este ano o Prêmio Gabo e, ao contrário das edições anteriores, a cerimônia de entrega não ocorreu em Medellín. Foi virtual, por causa da pandemia do novo coronavírus. No entanto, sua essência permanece intacta, conforme destacou o diretor da Fundação García Márquez, Jaime Abello Banfi. “O Prêmio Gabo e o Festival Gabo inspiram-se no legado de Gabriel García Márquez e no grande propósito de partilhar com todos os cidadãos as preocupações fundamentais de um jornalismo que ambiciona a excelência, a coerência ética e a inovação.”

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