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OMS faz alerta ao Brasil e México sobre o curso da pandemia do coronavírus

Diretor da organização diz que os dois países precisam “levar muito a sério” os rumos da crise sanitária

Funcionários de cemitério em Nova Iguaçu carregam caixão de uma vítima da covid-19.
Funcionários de cemitério em Nova Iguaçu carregam caixão de uma vítima da covid-19.Silvia Izquierdo (AP)
Carmen Morán Breña
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FILE - In this March 16, 2020 file photo, a patient receives a shot in the first-stage safety study clinical trial of a potential vaccine for COVID-19, the disease caused by the new coronavirus, at the Kaiser Permanente Washington Health Research Institute in Seattle. In a press briefing on Thursday May 14, 2020, the European Medicines Agency predicted that there could be licensed drugs to treat the new coronavirus in the next few months and that a vaccine might even be approved in early 2021, in a “best-case scenario.” (AP Photo/Ted S. Warren, File)
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Como Covas vai retomar empregos sob a ameaça de segunda onda da covid-19 e sem auxílio emergencial?

A situação da covid-19 no Brasil e no México acendeu um sinal de alerta na Organização Mundial da Saúde (OMS), que pediu aos Governos destes dois países que levem a pandemia “muito a sério”. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, chamou a atenção para a rápida progressão dos contágios. Sobre o Brasil, afirmou que a situação é “muito inquietante” e considera que isso deve ser levado em conta. No dia seguinte ao segundo turno das eleições municipais, algumas restrições sanitárias foram intensificadas.

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A mesma recomendação da OMS vale para o México, um país que já soma 105.940 mortes e mais de 40.000 casos ativos. A organização acredita que o país está em uma “posição ruim” pelas cifras que apresenta. “O número de casos dobrou e também o de mortes”, apontou Ghebreyesus. “Queremos pedir ao México que leve [a pandemia] muito a sério”, acrescentou. Efetivamente, enquanto os hospitais em alguns Estados mexicanos registam um índice de ocupação de leitos semelhante aos dos picos do primeiro semestre, boa parte da população continua fazendo festas e saindo para trabalhar sem as medidas sanitárias corretas. O país se debate entre os contágios e o afundamento da economia, e a população, como em outras partes do mundo, já demonstra um cansaço rebelde.

O México ultrapassou os 100.000 mortos em 20 de novembro e também, segundo a informação da OMS, superou pela primeira vez os 12.000 casos confirmados por dia. O número aumentou 30% na semana de 23 a 28 de novembro, segundo os dados oficiais.

Também os dados da Universidade Johns Hopkins (EUA) colocam o Brasil em uma posição complicada. Com seus 212 milhões de habitantes, é o segundo do mundo mais afetado pela pandemia e já soma mais de 170.000 mortos, atrás apenas dos Estados Unidos.

O diretor-geral da OMS disse que o Brasil tinha conseguido reduzir o número de casos em quase dois terços em relação ao pico alcançado em julho, com 114.000 casos na semana de 2 de novembro. Mas “durante a semana de 26 de novembro estamos novamente em 218.000 casos por semana”, afirmou. “Se for levado em conta o número de mortos da semana de 2 de novembro, eram 2.538, mas agora contamos 3.876.” O presidente Jair Bolsonaro foi um dos líderes mundiais que mais minimizaram as consequências da pandemia e na semana passada disse que não se vacinará – ele já teve a doença em julho. Tampouco apoiou o fechamento das atividades econômicas.

Tanto Brasil como México são países muito populosos, com cifras escandalosas na mesma medida, e a OMS aponta repiques que considera preocupantes e insiste às autoridades para que tomem as medidas necessárias. A Cidade do México, a mais afetada e um dos focos mais populosos da pandemia no país, aumenta cada vez mais as medidas de salubridade e contenção epidêmica, na busca desesperada por um equilíbrio que lhe permita combater a crise sanitária sem afetar uma economia já muito danificada. A capital continua aumentando o número de exames aleatórios, e todo o país faz cálculos sobre uma futura campanha de vacinação.

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