O aumento da temperatura média no mundo de 1901 a 2018, em cores
Imagens do cientista Ed Hawkins mostram mudança no clima em todo o mundo
O cientista Ed Hawkins literalmente desenhou as mudanças climáticas e o aumento da temperatura do planeta. Em um gráfico, que mais parecem um papel de parede ou a estampa de um vestido, é possível perceber o quanto a temperatura dos países esquentou entre 1901 e 2018.
As linhas azuis são os anos em que a temperatura média foi menor do que a média do período 1901-2018. As vermelhas, nos quais a temperatura média desse ano foi maior. Quanto mais intensa é a cor, maior é a variação em relação à temperatura média.
As imagens estão no site Show Your Stripes (Mostre suas listras, em inglês). Na página é possível consultar a evolução da temperatura média em qualquer parte do mundo do final do século XIX e começo do XX. O vermelho que representa o aumento de temperaturas predomina nos últimos anos de cada imagem.
“Todos os países estão esquentando e sabemos que esse aquecimento se deve a atividades humanas, principalmente o uso de combustíveis fósseis e o desmatamento. A intenção de criar esses gráficos de listras é que iniciem uma conversa sobre essas mudanças observáveis e os riscos que significam ao futuro”, diz Hawkins ao El País por e-mail. Ele é professor de Ciências Climáticas da Universidade de Reading, Reino Unido.
Hoy, meteorólogos y científicos de todo el 🌎conciencian sobre el #CambioClimático con las las 'rayas de calentamiento' para resaltar el ↗️de las temperaturas globales. #ShowYourStripes
— ONU Cambio Climático (@CMNUCC) June 21, 2019
Busca las de tu región aquí 👉https://t.co/tDSloHGE8M
En la #SB50Bonn hemos recibido algunas👇 pic.twitter.com/XTw1Loue0r
No surprises here - Arctic Ocean warming stripes. The Arctic is warming faster than anywhere else in the world. #ShowYourStripes #MetsUnite
— Zack Labe (@ZLabe) June 21, 2019
Explore your own climate change stripes! https://t.co/srmVyWrMgb pic.twitter.com/ewlm8PIeMD
Sem surpresas por aqui - As barras de calor do oceano Ártico. O Ártico está-se esquentando mais rápido que qualquer outro local do mundo.
Essas imagens com linhas de cores foram muito divulgadas nas redes sociais, especialmente a partir de 21 de junho, coincidindo com o solstício de verão do hemisfério norte. Alguns apresentadores do tempo de televisões americanas mostraram, à época, esses gráficos em seus canais. Compartilharam as imagens no Twitter e Instagram com a hashtag #MetsUnite (meteorologistas unidos). A hashtag que mais acompanha essas imagens nas redes sociais, entretanto, é #ShowYourStripes, utilizada tanto por instituições como por usuários que consultam a evolução das temperaturas em cada local.
Vários veículos de comunicação dedicaram artigos aos gráficos de Hawkins nos últimos dias, mas o projeto começou em junho de 2018. Além disso, o cientista lançou uma linha de produtos inspirados nas listras de cores, pensados para conscientizar sobre a mudança climática. São calças, brincos e sandálias com as linhas azuis que se transformam em vermelhas. Hawkins explica que os lucros se destinarão “a alguma organização dedicada à luta contra a mudança climática.
“Acho que as imagens das listras estão chamando atenção porque podem ser baixadas facilmente e ser utilizadas de muitas formas. É fantástico ver que tantas pessoas as estão usando”, diz Hawkins. Pede que os políticos tomem medidas imediatas para corrigir o aquecimento global: “O aquecimento é óbvio. Todos os países devem estabelecer objetivos de zero emissões se quiserem evitar os piores riscos”.
As políticas atuais em matéria de meio ambiente não vão nessa direção. De acordo com um relatório das Nações Unidas em 2016, a quantidade de emissões de dióxido de carbono implica uma elevação de pelo menos três graus centígrados até o final desse século.
Os dados com os quais são elaborados os gráficos de listras vêm da organização científica dedicada ao clima Berkeley Earth. Para alguns países, os dados são das agências estatais de meteorologia. É possível verificar o gráfico de cada país clicando na imagem a seguir.
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