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Presidente colombiano confirma em Buenos Aires apoio à reeleição de Macri

Assim como Bolsonaro, Iván Duque foi à Argentina manifestar apoio ao colega. Ele disse a empresários argentinos que seu país será ator principal de uma reconstrução na Venezuela

Os presidentes da Colômbia, Iván Duque, e da Argentina, Mauricio Macri, caminham pelo interior da Casa Rosada em Buenos Aires.
Os presidentes da Colômbia, Iván Duque, e da Argentina, Mauricio Macri, caminham pelo interior da Casa Rosada em Buenos Aires.Reuters
Federico Rivas Molina
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Mauricio Macri recebe apoios regionais. Primeiro foi o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que pediu abertamente o voto em seu homólogo argentino durante visita à Argentina, na semana passada. Agora foi a vez do colombiano Iván Duque. Durante uma estadia de pouco mais de 24 horas em Buenos Aires, Duque disse que uma vitória de Macri nas eleições gerais de outubro será “fundamental para a América Latina”. Não é comum que presidentes de outros países apostem dessa forma em um candidato a presidente em outro país. Mas a chapa que tem Cristina Kirchner como vice-presidenta lidera as pesquisas na Argentina e os alarmes soam no bloco de países conservadores da região.

É a terceira vez que Macri e Duque se encontram pessoalmente. A primeira foi em Bogotá em agosto do ano passado, quando o argentino viajou para a posse presidencial. No final de março, os dois presidentes participaram no Chile do lançamento do Prosul, o bloco com o qual a América do Sul pretende substituir a Unasul, herança dos anos em que estava no poder a esquerda de Hugo Chávez, Lula e Néstor e Cristina Kirchner. Esse último encontro foi para reforçar laços comerciais e acertar as prioridades regionais, ou seja, um freio ao retorno “do populismo” e uma maior integração econômica.

Desde que Macri chegou ao poder, em dezembro de 2015, a Argentina procurou uma aproximação à Aliança do Pacífico, o bloco econômico formado pela Colômbia, Chile, Peru e México. Os dois blocos também formaram uma frente comum contra Nicolás Maduro na Venezuela. Duque se referiu ao assunto durante uma reunião feita com empresários argentinos interessados em investir na Colômbia. Disse a eles que seu país será um ator fundamental na reconstrução da Venezuela após uma eventual transição. E apontou como evidência da resistência da economia colombiana a recepção de 1,5 milhão de venezuelanos emigrados durante os últimos três anos. “Quando percebemos que uma economia é capaz de resistir a semelhante choque, crescer, e crescer com responsabilidade fiscal, mostra a resiliência e a capacidade de adaptação da economia colombiana”, disse Duque.

Macri recebeu Duque como um amigo pessoal. No domingo tiveram um jantar privativo na residência presidencial de Olivos e na segunda-feira realizaram outro encontro privado na Casa Rosada. Nesses encontros a portas fechadas Macri pode ter escutado o apoio eleitoral que o colombiano informou à imprensa local. Em um questionário que respondeu por escrito ao jornal Clarín, Duque disse que “Macri fez um enorme esforço para reconstruir os danos institucionais e econômicos causados pelo populismo”. Depois alertou aos argentinos que “essa tarefa deve ser reconhecida e deveria ter continuidade”.

Sua aposta ficou mais clara no jornal La Nación. Duque disse que a América Latina vive hoje um confronto entre demagogos e pedagogos. Os primeiros “promovem o ódio de classe, acreditam no estatismo e querem a aparelhagem econômica”. Os segundos “são os que falam às populações com responsabilidade, respeitando a iniciativa privada, as liberdades, a administração eficaz”. Duque colocou Macri entre os pedagogos e o definiu como um líder com os esforços voltados a “reorientar a capacidade produtiva da Argentina para que se traduza em igualdade e lucros, dentro de uma economia de mercado”. “Eu diria”, disse, “que a reeleição do presidente Macri é algo fundamental à América Latina”.

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