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Naufrágio de barco turístico em Budapeste deixa sete mortos e 21 desaparecidos

Passageiros, todos sul-coreanos, faziam cruzeiro pelo rio Danúbio, que corta a capital húngara. Acidente ocorreu na noite desta quarta-feira, após colisão com outro navio

As equipes de resgate buscam sobreviventes depois do afundamento de um barco turístico no Danubio a seu passo por Budapeste (Hungria).
As equipes de resgate buscam sobreviventes depois do afundamento de um barco turístico no Danubio a seu passo por Budapeste (Hungria).AFP

O naufrágio de um navio com turistas sul-coreanos no rio Danúbio, na altura de Budapeste, deixou pelo menos 7 mortos e 21 desaparecidos nesta quarta-feira, 29. A embarcação turística, uma das muitas que percorrem o rio na sua passagem pela capital húngara, chocou-se com outro barco de passageiros, esse de maior porte, por volta das 21h (16h em Brasília) e afundou perto da ponte Margit (ou Margarida), na zona norte de Budapeste. Das 35 pessoas a bordo (incluindo os dois tripulantes húngaros), apenas 7 foram resgatadas, e teme-se pela vida dos demais, segundo o jornal eletrônico local Index.hu.

A cheia no rio por causa das fortes chuvas dos últimos dias, a forte correnteza e a falta de visibilidade devido à névoa e à própria chuva atrapalham os trabalhos de resgate, que seguem ativos nesta quinta-feira. A temperatura da água no Danúbio oscila entre 10 e 12 graus Celsius, por isso as equipes de salvamento não têm muitas esperanças de encontrar sobreviventes. "Não me atrevo a dizer que não há esperanças, mas sim que as chances são mínimas", admitiu um porta-voz do serviço nacional de ambulâncias, Pal Gyorfi, em declarações à TV pública. O barco se encontra a três ou quatro metros de profundidade.

Navio de resgate procura sobreviventes após o naufrágio de uma embarcação turística nesta quarta-feira no rio Danúbio, em Budapeste
Navio de resgate procura sobreviventes após o naufrágio de uma embarcação turística nesta quarta-feira no rio Danúbio, em BudapestePeter Lakatos (AP)

Os passageiros resgatados foram hospitalizados com hipotermia e sintomas de choque. A polícia húngara interrompeu a circulação fluvial entre as pontes Margit e Erzsébet.

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Investigação criminal

Um porta-voz da empresa proprietária do navio La Sirena informou à agência de notícias húngara MTI que a embarcação não tinha problemas técnicos. Tratava-se, segundo Mihaly Toth, de "um percurso turístico de rotina". Toth disse desconhecer as causas do naufrágio. "As autoridades estão investigando. Só sabemos que afundou depressa", acrescentou. Entretanto, Imre Horvath, chefe da Associação Nacional de Navegação da Hungria, disse que possivelmente se tratou de uma falha humana, segundo a agência MTI. A polícia húngara anunciou nesta quinta-feira que abriu um inquérito criminal para esclarecer o caso e que a operação de trazer o La Sirena à tona deve levar vários dias.

Segundo a imprensa húngara, o barco, de 27 metros de comprimento, naufragou após se chocar com outra embarcação quase em frente ao famoso edifício do Parlamento. Nenhuma fonte oficial húngara esclareceu as causas do acidente. Uma testemunha ocular comentou ao site Index.hu que o navio, com capacidade para 60 passageiros, foi abalroado na popa por um barco turístico de grande porte.

Cruzeiro fluvial no Leste Europeu

Funcionários da embaixada sul-coreana visita sobreviventes no hospital
Funcionários da embaixada sul-coreana visita sobreviventes no hospitalZsolt Szigetvary (AP)

Em uma entrevista coletiva em Seul, Lee Sang-moo, porta-voz da agência de viagens Very Good Tour, operadora da viagem, revelou que havia pelo menos uma menina entre os desaparecidos. Segundo informações do governo sul-coreano citadas pelo Index.hu, o grupo de turistas envolvido no acidente fazia um cruzeiro pelo Leste Europeu e era composto por pessoas na faixa dos 40 aos 50 anos, mas incluía também uma menor de idade. Eles deixaram a Coreia do Sul em 25 de maio e deveriam retornar em 1º. de junho. Uma delegação oficial chefiada pelo chanceler sul-coreano embarcou para Budapeste a fim de ajudar as vítimas e colaborar com as autoridades húngaras.

O rio Danúbio, uma das principais vias fluviais da Europa, tornou-se um grande atrativo turístico nos últimos anos, graças à expansão na oferta de cruzeiros fluviais. Uma das paradas obrigatórias para a maioria desses navios de passageiros é a capital húngara, dividida em duas partes (Buda e Pest) pelo Danúbio. Os passeios de barco pelo rio oferecem uma espetacular vista panorâmica da cidade.

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