Como será nomeado o sucessor de Theresa May no Reino Unido?
Há muitos candidatos a ser o novo líder conservador e primeiro-ministro do Reino Unido, entre os quais se destaca Boris Johnson, ex-prefeito de Londres. O processo pode durar semanas

Depois do anúncio de renúncia da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, como líder do Partido Conservador britânico e consequentemente como primeira-ministra do Reino Unido a partir de 7 de junho, os tories têm agora que escolher um sucessor, num processo que pode durar várias semanas. Entenda as etapas desse processo.
Inscrição dos candidatos
Os candidatos a liderar o Partido Conservador – e consequentemente se tornar o primeiro-ministro – precisam ser indicados por outros dois deputados da agremiação. Há diversos aspirantes a substituir May, entre eles Boris Johnson, ex-prefeito de Londres.
Votações entre deputados
A bancada conservadora votará em vários turnos, reduzindo sucessivamente o número de candidatos. O voto é secreto, e a cada rodada se elimina o candidato menos votado. O processo se repete até que só restem dois nomes.
Votação dos filiados
Quando restarem apenas dois candidatos, a última palavra caberá aos filiados do Partido Conservador – eram 124.000 em março de 2018. Não há prazo determinado para essa etapa do processo. A última vez em que uma situação semelhante ocorreu, 2016, supôs-se que duraria nove semanas, mas acabou antes porque a rival de Theresa May, Andrea Ledsom, retirou-se da disputa. Outro processo anterior, em 2005, levou cerca de um mês.
Quem governa durante esse processo?
Em princípio, May poderia permanecer como primeira-ministra interina até a nomeação de um sucessor, mas alguns meios de comunicação britânicos dizem que também poderia ser escolhido um líder provisório.
É possível acelerar o processo?
O Comitê 1922, que agrupa todos os parlamentares sem cargo no Executivo, e que é o encarregado de organizar a corrida pela liderança do Partido Conservador, pode agora propor um processo mais rápido para a escolha, já que ainda não há um plano aprovado para o Brexit. A ideia é que o novo primeiro-ministro possa negociar o acordo com a União Europeia antes da data-limite definida pelas duas partes (31 de outubro de 2019). Uma das opções é reduzir o número de aspirantes antes que se vote nos dois candidatos finais.