PT ainda é a sigla preferida, enquanto PSL e Novo roubam apoio de PSDB e MDB
Dados são da pesquisa do Atlas Político, que mostram resiliência petista quase um ano após prisão de Lula. 57,9% são a favor da prisão de ex-presidente
O Partido dos Trabalhadores (PT) ainda é a preferência da maior parte dos eleitores, apesar de ter perdido as últimas eleições presidenciais para o ultraconservador Jair Bolsonaro e ter seu maior nome, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atrás das grades. É o que indica a última pesquisa Atlas Político, feita com 2.000 pessoas entre os dias 1 e 2 de abril em todos os Estados do Brasil. Um total de 15,8% dos que participaram da pesquisa dizem preferir o partido dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Em segundo lugar está o neófito Partido Social Liberal (PSL) de Bolsonaro, com 5,5% da preferência. Em terceiro está o partido NOVO, com 2,1%.
"Se você olha a pesquisa histórica de preferência partidária, o PT sempre esteve na frente, separado dos outros", explica Andrei Roman, cientista político e diretor do Atlas Político. Para ele, PSL e Novo ocuparam o espaço do PSDB e do MDB, que tinham a preferência de um eleitorado mais de centro e de direita. Hoje, cada um possui apenas 1% da preferência do eleitorado, atrás também do PDT (em quarto lugar na preferência, com 1,9%) e do PSOL (em quinto lugar, com 1,2%).
Por outro lado, 59,5% possuem uma imagem negativa do ex-presidente Lula e 57,9% se mostram a favor de sua prisão. "É certo que a opinião a favor da prisão de Lula se cristalizou", destaca Roman. O que explica então o PT ainda ser a principal preferência do eleitorado? "Dos 33,1% que são contra a sua prisão, metade é um eleitorado mais ideológico. Existe um nicho em que o partido é muito forte", explica. Além disso, 65,6% dos que participaram da pesquisa declararam não ter nenhum partido de preferência.
A implosão do PSDB e do MDB na preferência do eleitorado e a subida do PSL e do Novo também indicam uma implosão do centro político, algo observado em outros países como Estados Unidos e Reino Unido. "E o Novo é um partido mais ideológico que o PSL, isso pode ser a semente para algo maior", opina Roman.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.