Bolsonaro retira sondas e volta a comer após 12 dias de hospital
Porta-voz diz que antibióticos estão combatendo bem pneumonia diagnosticada em presidente. Não há previsão de alta
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), internado há 12 dias no hospital Albert Einstein, em São Paulo, teve melhora do quadro geral e intestinal que permitiu a retirada do dreno que mantinha no abdômen e a sonda que recolhia líquido acumulado em seu estômago. De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, os antibióticos ministrados estão combatendo bem a pneumonia detectada em exames na quinta-feira. O presidente se recupera de uma cirurgia feita no dia 28 de janeiro para reconectar o intestino após o atentado a faca que sofreu. Ele comemorou, via Twitter, ter voltado a comer alimentos sólidos: "Nas últimas horas, tive o prazer de voltar a comer. Ontem pela noite um caldo de carne e hoje uma boa gelatina. Estou feliz, apesar de não ser aquele pão com leite condensado", brincou.
Bolsonaro segue sem previsão de alta –a primeira estimativa é que ele deixasse o hospital na quarta-feira, ou seja, em dez dias. Nesta sexta, segundo o porta-voz, Bolsonaro conversou por telefone com o vice-presidente, Hamilton Mourão. A assessoria da Presidência também divulgou uma foto na qual o presidente se reúne com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, Jorge Oliveira.
Bolsonaro foi internado no dia 27 de janeiro para se submeter, no dia seguinte, a uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia que o acompanhava desde que foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira no dia 6 de setembro do ano passado, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (Minas Gerais). A operação de semana passada, que consistia em ligar o intestino delgado e parte do intestino grosso, foi considerada um sucesso e estava previsto que Bolsonaro receberia alta em até dez dias. O presidente chegou a reassumir o cargo e a montar um gabinete no hospital para despachar normalmente.
Contudo, seu quadro clínico piorou nos dias seguintes. No sábado passado, o presidente teve náuseas e vômitos devido a uma paralisação no intestino delgado, o que levou os médicos a colocarem uma sonda nasogástrica. Segundo os médicos, o intestino voltou a funcionar entre domingo e segunda. Em seguida, novos exames foram realizados e os médicos introduziram na segunda antibióticos para atacar qualquer possibilidade de infecção, que aumenta devido vulnerabilidade de um organismo debilitado pela operação. Nesse dia também foi identificado "uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia" e, por isso, foi instalado um dreno no local. Segundo o porta-voz disse na quinta-feira, Bolsonaro estava com dificuldades para dormir, e a equipe médica considerava "auxiliá-lo para que ele durma um pouco mais". Não falou especificamente em medicação.
Nosso estado de saúde comentado pelo porta-voz da Presidência da República, General Rêgo Barros. Cuidado com o sensacionalismo. Estamos muito tranquilos, bem e seguimos firmes 👍🏻. https://t.co/Xm4D9oZtB5
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 7, 2019
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