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Coletes amarelos voltam a protestar na França apesar de concessões de Macron

Pelo menos 157 pessoas foram detidas. Anúncio de que o salário mínimo subirá 100 euros reduz, no entanto, a participação prevista na manifestação

Um grupo de manifestantes fantasiado como símbolo republicano.
Um grupo de manifestantes fantasiado como símbolo republicano.Reuters
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Macron anuncia aumento de 100 euros no salário mínimo e abono de final de ano
Chaves para entender por que o protesto dos ‘coletes amarelos’ prejudica Macron

As últimas concessões do presidente francês, Emmanuel Macron, não foram suficientes para desmobilizar os coletes amarelos, que saíram às ruas para protestar pelo quinto sábado consecutivo. A mobilização, no entanto, está sendo mais baixa que as violentas das semanas anteriores. Pelo menos 157 pessoas foram detidas em Paris e mais de 200 pontos de protestos foram registrados em todo o país. A prefeitura da capital francesa anunciou um reforço de segurança de 8.000 agentes adicionais, para os cerca de 66.000 manifestantes que estão nas ruas. Até o momento, ao menos cinco pessoas foram feridas.

O presidente francês anunciou na última segunda-feira um aumento de 100 euros no salário mínimo a partir do ano que vem, e que as horas extras passarão a ser isentas de impostos e contribuições. Também antecipou sua intenção de estimular as empresas para que paguem aos seus funcionários um abono extraordinário de final de ano, igualmente isento de impostos.

As medidas são parte de uma tentativa de reconquistar os franceses e aliviar a pressão dos manifestantes, que protestam pelo encarecimento da vida e o empobrecimento das classes médias. A nova jornada de manifestações ocorre na mesma semana em que um islamista francês matou a cinco pessoas em um atentado em Estrasburgo.

Os coletes amarelos — uma revolta sem líderes nem estrutura, que tem por emblema a veste fluorescente que todos os motoristas devem ter em seus veículos — começaram a se mobilizar em meados de novembro. Opunham-se a um novo imposto sobre os combustíveis, mas o protesto em seguida se ampliou para a reivindicação de um aumento do reduzido poder aquisitivo.

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