Candidatas à vice-presidência discutem papel das mulheres na política
Evento promovido pelo EL PAÍS e pelo Instituto Locomotiva reuniu Ana Amélia, Kátia Abreu, Manuela D'Ávila e Sônia Guajajara nesta sexta-feira
As candidatas à vice-presidência nas eleições deste ano Ana Amélia (PP), Kátia Abreu (PDT), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Sônia Guajajara (PSOL) participaram, nesta sexta-feira, 28, do evento Mulheres na Política, promovido pelo EL PAÍS e pelo Instituto Locomotiva, com apoio da ONU Mulheres. Durante mais de duas horas, elas debateram políticas públicas voltadas para mulheres e apresentaram suas propostas de Governo relacionadas ao tema. Assuntos como aborto, creches, equiparação salarial e representatividade no Congresso foram abordados pelas candidatas, questionadas por jornalistas de diferentes veículos.
O debate, que aconteceu em São Paulo e foi transmitido pela internet, entrou para os assuntos mais comentados no Twitter, com a hashtag #mulheresnapolítica. O critério para escolha dos nomes que compuseram a mesa de discussão foi o de partidos com representação no Congresso.
Este foi o segundo encontro da série Seminário Brasileiras. O primeiro aconteceu em 2016, quando a Locomotiva e o EL PAÍS reuniram especialistas em diversas áreas e lideranças de organizações e empresas para falar dos avanços e retrocessos da pauta feminina até aquele ano.
Confira abaixo o posicionamento das candidatas registrado na cobertura em tempo real.

Encerramos agora a cobertura do evento. Para mais informações sobre o tema, acesse a página do EL PAÍS Brasil. Boa tarde!




Sônia Guajajara: "Em 2017, foram 110 indígenas mortos, entre eles uma criança morta com tiro na cabeca, por conta de um modelo de política que se preocupa só com o capital e não com o bem viver de todos"

Nadine Gasman, da ONU Mulheres: "Dados mostram que os brasileiros e as brasileiras querem igualdade. Não é a ONU dizendo, são as pesquisas brasileiras afirmando que o Brasil seria melhor se houvesse uma igualdade. Essa iniciativa (a Plataforma 50-50) é uma tentativa de fazer os candidatos se comprometerem com a questão de igualdade de gênero"

Manuel D'Ávila: "Eu tenho um companheiro que divide as tarefas comigo, tenho creche e ainda sim fico exausta por cuidar de uma criança de três anos. Imagina a realidade das mulheres mães solas. A gente tem sim que construir mais política de apoio às profissionais mães, mas o governo não tem como entrar na minha casa e obrigar meu marido a dividir as responsabilidades comigo, mas podemos educar nossos meninos para que ajam diferente"






Manuel D'Ávila: "O nosso projeto é um projeto do povo brasileiro. Quem são aqueles que mais consomem os serviços público? Qual a trabalhadora mais precarizada? Qual a mulher que sente mais falta da creche? São as mulheres negras. Nós acreditamos que essas são as mulheres que devem construir as políticas de emancipação e inclusão da população negra"




