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Há dois anos, o Brasil fechava as Olimpíadas do Rio com ouro no vôlei masculino

Último dia de Jogos em 2016 teve geração comandada por Bernardinho conquistando o sétimo ouro em casa e garantindo a melhor campanha brasileira na história olímpica

Serginho, Evandro e Maurício Borges comemoram ponto contra a Itália na final.
Serginho, Evandro e Maurício Borges comemoram ponto contra a Itália na final.Reprodução/Ministério do Esporte
Diogo Magri
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No dia 21 de agosto de 2016, há exatamente dois anos, se encerravam os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Os 16 dias de competição, que tiveram a despedida das lendas Michael Phelps e Usain Bolt do cenário olímpico, a medalha de ouro inédita para o Brasil no futebol masculino e os Estados Unidos como campeões do quadro de medalhas, ainda reservaram uma conquista especial para os donos da casa no último dia de Olimpíadas: no Maracanãzinho, a seleção brasileira de vôlei masculino venceu a Itália por 3 sets a 0 e chegou ao seu terceiro ouro na história dos Jogos – a medalha também garantiu a melhor campanha olímpica do Brasil em número de ouros (sete), número total de medalhas (19) e posição no quadro de medalhas (13º).

O desempenho do Brasil no vôlei masculino foi marcado pela recuperação da equipe ao longo no torneio. Na primeira fase, foram três vitórias e duas derrotas: venceu México (3 a 1), Canadá (3 a 1) e França (3 a 1), mas perdeu para Estados Unidos e Itália, ambos também por 3 sets a 1. O quarto lugar no grupo obrigou a seleção a enfrentar a Argentina nas quartas de final, quando venceu por 3 a 1 no maior público do Maracanãzinho na competição: 10.232 pessoas.

Na semifinal, uma vitória com autoridade dos brasileiros em cima da Rússia: 3 sets a 0, com uma parcial de 25 a 17 no último set. Foi a primeira partida do Brasil nas Olimpíadas que a equipe não cedeu nenhum set ao adversário. A tendência se manteve na final: outro 3 a 0, com parciais de 25 x 22, 28 x 26 e 26 x 24. O oposto Wallace foi o maior pontuador da final, com 20 pontos, e o líbero Serginho foi eleito o melhor jogador das Olimpíadas. "Nenhum time merecia mais; ninguém treinou e se dedicou tanto [quanto a gente]", afirmou Wallace, que também foi o maior pontuador de toda a competição.

Serginho e Wallace foram dois dos maiores símbolos da conquista brasileira, que somou o título de 2016 aos ouros de 1992 (Barcelona) e 2004 (Atenas). O líbero, que disputou as quatro finais olímpicas (2004, 2008, 2012 e 2016) se aposentou da seleção após seu bicampeonato. Bernardinho, treinador do ouro, deixou o comando da equipe nacional em janeiro do ano seguinte, após completar 16 anos e 28 títulos a frente do Brasil – ele foi substituído por Renan Dal Zotto e deixou como legado a liderança de seu filho Bruninho, capitão e melhor levantador do Rio 2016. "Estou em dívida com a vida. É uma felicidade única ver seu filho chegar ao ápice da carreira. É um momento de muito orgulho como pai viver tudo isso", comentou o treinador logo após a vitória na final.

Boa parte do elenco campeão olímpico continua com Dal Zotto; entre os 12 medalhistas de ouro, apenas Serginho, Lucarelli e Maurício Borges ficaram de fora do último amistoso feito pelo Brasil, ontem (20 de agosto), quando venceu a Holanda por 3 sets a 1 em preparação para o Campeonato Mundial, que acontece em setembro.

Antes dos Jogos do Rio, o Brasil tinha como melhor colocação no quadro de medalhas um 15º lugar em 1920, na Antuérpia; a classificação foi superada com a 13ª posição em 2016. O recorde do país em número de medalhas era de Londres 2012, com 17 pódios, e a edição com mais ouros brasileiros era a de Atenas 2004, com cinco conquistas. As duas marcas também foram quebradas em 2016, com 19 medalhas no total, sendo sete de ouro. Além do vôlei masculino, o futebol masculino, Rafaela Silva (judô), Thiago Braz (salto com vara), Robson Conceição (boxe), Martine Grael e Kahena Kunze (vela) e Alison e Bruno (vôlei de praia) subiram ao lugar mais alto do pódio no Rio de Janeiro.

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