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Cristiano Ronaldo aceita pena de dois anos de prisão por sonegação de impostos na Espanha

O jogador português propõe pagar 83 milhões de reais para fechar o processo por crime fiscal. Pela lei da Espanha, não será preso

Cristiano Ronaldo marcou um hat-trick contra a Espanha.
Cristiano Ronaldo marcou um hat-trick contra a Espanha.LUCY NICHOLSON (Reuters)
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Só algumas horas antes da estreia de Cristiano Ronaldo na Copa do Mundo Rússia 2018, em que o craque marcou os três gols de Portugal diante da seleção espanhola, foram divulgadas novas informações sobre o processo contra o português por sonegação fiscal na Espanha. Os advogados do jogador propuseram à Advocacia do Estado espanhol aceitar uma condenação de dois anos de prisão e o pagamento de uma multa de 18,8 milhões de euros (83 milhões de reais), segundo confirmaram ao EL PAÍS fontes do caso. No entanto, o atacante não será preso. Pela lei da Espanha, penas menores de dois anos podem ser cumpridas em liberdade.

O astro do Real Madrid trata de fechar o processo aberto contra ele por não ter pago 14,7 milhões de euros  (65 milhões de reais) de impostos ligados a seus direitos de imagem. A Agência Tributária (a Receita Federal espanhola) ainda deve estudar se aceita a proposta. Até agora o Estado espanhol estava cobrando de Cristiano Ronaldo cerca de 30 milhões de euros (132,5 milhões de reais), segundo informou a rádio Cadena SER.

Em março passado, a Agência Tributária recusou a oferta anterior do atacante português, que propôs pagar apenas cinco milhões de euros, e manteve na Justiça a acusação criminal contra ele.  A Promotoria de Delitos Econômicos de Madri, em sua denúncia, defende que Cristiano se aproveitou de uma estrutura de empresas off shore criada em 2010, no ano seguinte à sua chegada a Espanha para jogar pelo Real Madrid, com o intuito de ocultar o dinheiro que ganhava pela venda de seus direitos de imagem. O atacante, que nesta quinta-feira debutou na Copa do Mundo com três gols precisamente contra a Espanha,  é réu por quatro crimes de sonegação fiscal. A empresa que gerenciou seus direitos de imagem está sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe.

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