O vinho no mundo: Itália, o que mais produz, Espanha, o que mais vende e EUA, onde mais bebem
Relatório mundial descreve diferenças notáveis entre países produtores, exportadores e consumidores da bebida
Quatro países produzem a metade do vinho do mundo e cinco países bebem a maior parte. Itália, França, Espanha e Estados Unidos lideraram em 2017 a produção mundial. Na lista dos principais consumidores, além da Itália, França e EUA estão a Alemanha e a China. O Brasil fica em décimo sétimo lugar. Os dados procedem da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), que apresentou um informe nesta segunda-feira em Paris. Os dados do ano passado são estimativas que dependem de confirmação.
No mundo foram produzidos 250 milhões de hectolitros de vinho em 2017, ou seja, 8,4% a menos que no ano anterior. A OIV atribui a cifra às condições meteorológicas desfavoráveis que afetaram a produção, especialmente na Europa. A Itália se coloca como o principal produtor de vinho do mundo. Proporcionalmente, a maior redução entre os principais produtores se deu na Espanha (19,8% a menos) e o maior aumento, na Argentina (25,5% a mais).
Espanha lidera exportação, graças ao preço
Se o que se olha é a exportação, os espanhóis ganham. A Espanha é a líder mundial em venda de vinho, com 22,1 milhões de hectolitros no ano passado (segundo o Observatório Espanhol dos Mercados do Vinho, foram 22,8 milhões de hectolitros). O país é seguido de perto pela Itália (21,4 milhões), França (15,4) e, a maior distância, Chile (9,8) e Austrália (8).
Mas se em vez do volume se mede o valor dessas exportações, a França e a Itália ganham em receita. Porque o vinho espanhol vende muito, mas é muito barato: a Espanha vende a 1,25 euro (5,25 reais) o litro; os franceses, a seis euros (25,2 reais) em média; os italianos, a 2,78 euros (11,67 reais). Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos são os principais importadores em volume de vinho e gasto.
Por pessoa, os portugueses bebem mais
O consumo mundial (243 milhões de hectolitros) se manteve praticamente estável, com apenas um milhão a mais que no ano anterior. Os Estados Unidos são o país que mais consome vinho no total, com 32,6 milhões de hectolitros. Os maiores aumentos entre os principais países consumidores foram constatados na Austrália (5,4% a mais), Espanha (4%) e China (3,5%). Caiu o consumo na Argentina (5,3%) e Rússia (2,2%).
Se em vez do volume total de vinho consumido se leva em conta o tamanho do país, os Estados Unidos não são tão entusiastas da bebida como parece. Aí há um claro vencedor: em quantidade por habitante, Portugal ocupa o primeiro posto mundial. Os portugueses, com seus mais de 51 litros por pessoa ao ano dobram o consumo dos espanhóis (25).
Olhando para trás, a OIV verifica uma estabilização no consumo mundial de vinho depois da crise econômica e uma certa recuperação nos últimos três períodos. Em 2007 e 2008 foram consumidos 250 milhões de hectolitros, o maior volume neste século.
Menos vinhedos
Em todo o mundo 7,6 milhões de hectares são dedicados a vinhedos. Desse total, 13% se encontra na Espanha, a maior superfície de viticultura de um único país. Depois vêm China, França, Itália e Turquia. A OIV observa uma diminuição dos vinhedos europeus, turcos e iranianos, e um aumento dos chineses.
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