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Leopoldo López, liderança da oposição venezuelana, volta para prisão domiciliar

López, um dos presos políticos do país, retorna para casa após quatro noites no presídio de Ramo Verde

Grupo de pessoas pede a liberdade de Leopoldo López.
Grupo de pessoas pede a liberdade de Leopoldo López.N. S. (EFE)
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O preso político venezuelano Leopoldo López, dirigente do partido político Vontade Popular (VP), voltou no sábado para prisão domiciliar, após ter passado quatro noites no presídio militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas. “Acabaram de transferir Leopoldo para casa. Continuamos com mais convicção e firmeza para conquistar a paz e a liberdade da Venezuela”, anunciou a esposa de López, Lilian Tintori, em sua conta no Twitter pouco antes das 23h.

Leopoldo López –preso em fevereiro de 2014 e condenado em setembro de 2015 a cumprir pena de quase 14 anos de prisão por acusações de associação para o crime, instigação e destruição de bens públicos– esteve detido em Ramo Verde até 8 de julho, quando recebeu o benefício da prisão domiciliar. A medida foi resultado do processo de mediação realizado pelo ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.

Mas o naufrágio definitivo da missão de Zapatero, às vésperas da eleição para a Assembleia Constituinte em 30 de julho, e a posterior deterioração do clima político, levaram o Governo a mandar López novamente para a prisão na terça passada.

Na madrugada daquele dia, os agentes da polícia política também levaram de casa o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, dirigente do partido de oposição Aliança Bravo Povo (ABP), para prendê-lo no mesmo presídio de Ramo Verde. Ledezma, preso político assim como Leopoldo López, também desfrutava do benefício da prisão domiciliar, mas desde bem antes do político da Vontade Popular (abril de 2015).

O Governo venezuelano, através de porta-vozes, disse na terça-feira que as medidas contra López e Ledezma foram tomadas pela ruptura das condições impostas a ambos os políticos para que permanecessem em casa, principalmente a proibição a conceder declarações públicas.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado pelo Governo de Nicolás Maduro, afirmou, por sua vez, que havia decidido revogar os benefícios a López e Ledezma para evitar que fugissem. Apesar disso, na sexta-feira, três dias após seu retorno à prisão, as autoridades devolveram Ledezma para casa.

Nem os familiares nem os advogados de Leopoldo López puderam vê-lo durante sua nova passagem pela prisão. Esperava-se que neste sábado, dia regular de visitas em Ramo Verde, pudessem visitá-lo. No entanto, foi levado de volta para sua residência no centro-norte de Caracas.

Na terça-feira foi divulgado pelas redes sociais um vídeo gravado anteriormente em sua residência, no qual López e sua esposa, Tintori, revelaram que esperam seu terceiro filho.

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