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Portugal ainda está em situação preocupante com seis incêndios ativos

O primeiro-ministro do país, António Costa, pede aos cidadãos que cumpram ordens de evacuação

Os bombeiros trabalham na extinção do fogo perto de Avelar.
Os bombeiros trabalham na extinção do fogo perto de Avelar.Armando Franca (AP)

Mais de 2.000 bombeiros seguem combatendo nesta segunda-feira os incêndios florestais, que começaram neste sábado em Pedrógão Grande, no centro de Portugal. O mais recente balanço do governo informa que 62 pessoas morreram por conta da tragédia, sendo que outras 62 estão feridas. O chefe de operações de Proteção Civil, Elísio Oliveira, qualificou a situação como "preocupante" pelas "condições meteorológicas adversas", com temperaturas de até 38 graus e presença de vento muito similar aos do domingo passado, o que dificulta a ação dos bombeiros em conter as chamas. Três estradas nacionais e duas estradas locais de Coimbra, Leiria, Castelo Branco e Viseu tiveram seu trânsito interrompido.

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O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, apelou para que todos os cidadãos de áreas afetadas por incêndios cumpriam as ordens de evacuação das autoridades. "Quero chamar a atenção que a maioria das pessoas que faleceu, e que já estão identificadas, não foram vítimas nos carros, foram vitimadas nas casas, que não tiveram oportunidade de abandonar a tempo", afirmou.

Costa confirmou que há vários incêndios pelo país, no entanto, afirmou que nenhum se compara a situação "dramática" e sem precedentes vivida em Pedrogão. "É uma tragédia que teremos de compreender bem no devido momento, tenho confiança na Polícia Judiciária, no Instituto de Medicina Legal e toda a comunidade científica portuguesa. O país tem o direito a saber como aconteceu esta tragédia", disse.

O primeiro-ministro anunciou a criação de uma linha telefônica para que a população possa informar sobre pessoas desaparecidas. Até o momento, a linha disponível de número 144 responde apenas sobre necessidade de alojamento.

O incêndio começou na cidade de Pedrógão Grande e se alastrou depois às cidades vizinhas de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, tendo causado seis dezenas de mortos e seis dezenas de feridos. O Governo decretou três dias de luto nacional.

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