Conselho de Segurança. Rússia tomou a palavra chamando a intervenção dos Estados Unidos na Síria de "flagrante violação" da legislação internacional. Ele ressalta que grupos terroristas como o Estado Islâmico estão celebrando o bombardeio. A Rússia acusa Washington de ter optado por uma forma diferente de cooperação e chama de hipócrita os que falam que a intervenção unilateral norte-americana vai impulsionar o processo político.
Conselho de Segurança. China pede retomada, o quanto antes, do diálogo político, para que se resolva o conflito na Síria. Para evitar maior deterioração da situação, o representante chinês afirmou que as Nações Unidas devem ser o canal de mediação. "Os meios militares não vão funcionar", concluiu ele, "só irá complicar a situação na região".
Conselho de Segurança. O embaixador do Reino Unido nas Nações Unidas, Matthew Rycroft, disse que o regime sírio está tentando colocar a Rússia em evidência, uma estratégia " falha". "O ditador marionete que eles [Rússia] apoiam está humilhando o país", disse. "Qual a razão para continuar protegendo alguém que viola o direito internacional repetidamente."
Jeffrey Feltman, secretário-geral adjunto das Nações Unidas, abriu a reunião extraordinária do Conselho de Segurança, em Nova York. "O uso de armas químicas não pode ser tolerado", afirmou, pedindo que o regime sírio proteja seus cidadãos. Ele clamou para que haja moderação entre os países após o bombardeio americano, e que seja renovado o compromisso para uma solução política.
O embaixador de França nas Nações Unidas, Francois Delattre, considera que o bombardeio dos Estados Unidos manda um aviso importante para o regime sírio. O diplomata espera que a intervenção militar provoque "uma mudança no jogo" e favoreça a discussão política.
Conselho de Segurança: "Apoiamos plenamente a ação dos Estados Unidos", afirmou o embaixador britânico, Matthew Rycroft, no Conselho de Segurança da ONU. O diplomata considera que "chegou o momento de focar no processo político para estabelecer uma paz duradoura em Síria".
Jan Martínez Ahrens, correspondente do EL PAÍS Washington: "Foram necessários apenas quatro minutos para que Donald Trump se mostrasse como guardião da ordem internacional. O presidente dos Estados Unidos rompeu com seu isolacionismo e conseguiu, na noite desta quinta-feira, sua primeira vitória política com um ataque surpresa contra o regime Assad. 59 mísseis Tomahawk destruíram a base aérea de Shayrat (Homs) em represália pelo bombardeio com armas químicas que matou 86 pessoas na terça-feira, incluindo 30 crianças. Foi um golpe preciso, avisado com antecipação aos russos, que muda a configuração do conflito sírio, azeda a lua de mel com Moscou e lança uma clara advertência ao Irã e Coreia do Norte: os Estados Unidos atacarão sem perguntar os que cruzem suas linhas vermelhas. Pela primeira vez, dentro e fora de seu país, Trump recebeu um forte apoio".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manifestou seu completo apoio à “forte e clara mensagem” enviada pelo ataque dos EUA na Síria. “Tanto em suas palavras como em suas ações, o presidente Trump adverte que o uso de armas químicas não será tolerado”, disse Netanyahu em nota. “Israel espera que esta mensagem de determinação perante as horrendas ações do regime de Assad tenha eco não só em Damasco como também em Teerã, Pyongyang e em outras partes”.
A Coalizão Nacional Síria, que agrupa parte da oposição ao regime, comemorou a represália norte-americana às atrocidades do regime, insistindo para que Washington e seus aliados destruam o resto das bases governamentais de Assad, a fim de “neutralizar sua capacidade aérea”.
Manifestações de apoio aos Estados Unidos.
O governo da Jordânia afirmou que o bombardeio dos Estados Unidos foi "uma resposta necessária e apropriada" ao ataque químico atribuído às forças do regime de Bashar al-Assad, declarou o porta-voz do governo, Mohamed al Momemi, à agência de notícias Petra. As autoridades de Jordânia consideram que foi "un acto inhumano", por que entende que deve ter "reacções internacionais" como a realizada pela Administração de Donald Trump.